sexta-feira, 4 de março de 2011

Resíduos - Primeiro Aniversário: um verdadeiro ATENTADO AMBIENTAL

Na assembleia de freguesia realizada em Abril de 2010, o executivo da junta de freguesia foi questionado pelo Sr. Luís Gonzaga acerca do despejo ilegal de entulhos de obras e outro tipo de resíduos por baixo do viaduto existente junto à Fonte Cova (A27).
Após essa assembleia desloquei-me ao referido local a fim de verificar a extensão dos despejos ilegais, deparando-me com vários amontoados de resíduos provenientes de obras e não só.
Na assembleia seguinte, a bancada do P.S. questionou novamente os membros do executivo acerca desta situação, uma vez que haviam sido já alertados para esta triste realidade.
Passado quase um ano, durante uma visita à obra de construção do pórtico de portagem virtual na A27, que se situará a escassos metros do viaduto onde antes encontramos os despejos de resíduos, deparei-me com uma situação ainda pior do que no ano anterior, com uma maior quantidade de resíduos. Perto deste mesmo local, deparei-me com uma linha de água totalmente coberta por vegetação, criando uma armadilha para quem percorre aqueles caminhos, além do prejuízo evidente para o ambiente.
Deparei-me ainda com um caminho que, se não estivesse pavimentado com calçada à portuguesa, seria levado a pensar que se trataria do leito de um qualquer ribeiro perdido, tal a quantidade de água que o cobria.
Aconselho a todos os Santamartenses uma visita a este local, para testemunharem a falta de respeito pelo ambiente que perdura há pelo menos um ano, altura em que foi inicialmente denunciado em assembleia de freguesia.
Apesar de alertados para esta situação mais do que uma vez, o poder (político) local nada fez para tentar corrigir um problema grave, mas de fácil solução, situação a que assisto com alguma dor, como amante da natureza que me considero.
De que vale denunciar este tipo de problemas e atentados ao ambiente, se aquilo que conseguimos é apenas ser apontados como “do contra”?
Peço ainda, encarecidamente, àqueles comentadores de bancada que estão sempre a apregoar a qualidade de vida em Santa Marta de Portuzelo, que tenham vergonha, que não mintam nem tenham medo de assumir a verdade, porque ao contrário destes, eu não levanto estas questões porque sou “do contra”, mas porque temo pelo futuro dos nossos filhos e netos e pelo exemplo que lhes estamos a dar. Vivemos numa época em que a consciência ambiental é, cada vez mais, um bem de primeira necessidade. Deixem os teclados dos computadores e vão dar uma volta pela freguesia, mas lembrem-se que a freguesia não é só o cruzeiro.






5 comentários:

  1. Que cruzeiro? Nem o cruzeiro escapa aquilo que a Junta de Santa Marta faz. Ou acha que a obra do cruzeiro ficou bem? Os passeios com 5 anos levantados, guias de pedra tambem. Para nem falar no granito que se encontra todo negro, e que nalgumas zonas nem lavado fica limpo. Cruzeiro, Linha Vale do Lima, Preguiça, Embarcadouro do Pinheiro, Rua das Petigueiras, Rua 25 de Abril, Rua da Fonte Grossa, Rua Jose Paris, Rua da Paz, Travessa da Lomba, Rua do Lameiro, Rua da Unidade, Rua de Talharezes, etc. Quer mais exemplos da incompetencia desta Junta? Parque Infantil do Souto de Santa Marta possiu documentos que homolgam os brinquedos? Se acontecer um acidente quem assume a culpa? A Junta de Freguesia ja pensou no caos que sera quando for construido algo no terreno em frente da Junta a nivel de estacionamento? O que fizeram com os milhares de euros de receitas do cemiterio? Temos o pior cemiterio do concelho. O portao do cemiterio novo saiu de alguma vacaria? Quem quiser jogar futebol em Santa Marta onde o faz? No campo da igreja nao podem. No loteamento da Boavista nao tem balizas, atras da casa do povo tem mais erva que areia. E muito mais havia a contar.

    ResponderEliminar
  2. Senhores deste blog. A freguesia tem dois blogs, um do PSD e outro do PS, e só vejo falarem de lixo e aterros a céu aberto. Falem de coisas mais serias como as promessas não cumpridas mas tão compridas no prospecto eleitoral. Para quando o lar de idosos? O arranjo da Preguiça? O embarcadouro do Pinheiro? A ligação entre ambos? Os assadores na Preguiça? Os balneários e zona de lavar louça? O autocarro em Talharezes e Portuzelo? O parque de estacionamento abaixo da Igreja? O campo de futebol com relva sintética? A carrinha da Junta? Os parques de diversão para desportos radicais? O arranjo da Linha Vale do Lima que mais parece uma rua de desportos radicais? Chegaram a fazer concurso publico para a colocação do pessoal no centro escolar ou foi entrada habitual por amizade? Mas que faz afinal esta Junta senão entreter o povo com musica, filmes e passeios a Viana? Quando acabam com a pouca vergonha do cemitério, onde roubam flores e outras coisas das campas? Quando acaba o negocio das flores la dentro? E o quiosque, fonte de subsistência do Senhor Cruz, afinal foi passado e baixaram-lhe a renda? Quanto paga a nova inquilina? Enfim, esta Freguesia esta num pântano... Vou comprar umas galochas ate a cintura senão borro-me todo.

    ResponderEliminar
  3. Antes de mais, gostaria de agradecer a todos os que continuam a dar voz a Santa Marta.
    Realmente são muitas as questões que estão a estagnar o desenvolvimento da nossa freguesia e que preocupam os Santamartenses, algumas das quais foram já debatidas em assembleia de freguesia, mas aquilo que posso fazer, juntamente com os meus colegas de bancada, é questionar o executivo acerca do que falta, ou do que está mal. Não gostaria de ser mal interpretado, mas o poder que me foi confiado foi apenas o de dar voz às preocupações da população e de fiscalizar o executivo, poderes estes que tenho exercido com dedicação.
    Gostaria que os Santamartenses participassem mais na divulgação dos seus problemas e preocupações nas assembleias de freguesia, contribuindo para o exercício da democracia. Mas mesmo que não conte com a participação popular nas assembleias, vou continuar a exercer as funções que me foram confiadas com a mesma dedicação e empenho.
    Acredito que Santa Marta de Portuzelo pode dar a volta por cima, e conto com o vosso contributo para isso.

    ResponderEliminar
  4. Vivo em Santa Marta há cerca de 6 anos. Foi a Freguesia que escolhi para viver com minha família. Sem duvida que estas imagens demonstram a falta de civismo das pessoas. Quando o exemplo que nos vem de cima não e bom, a população segue-o. Aquilo que constato, e que apesar de vivermos num meio rural, não se compreende como em pleno século 21, ninguém se insurja contra um atentado ambiental ainda maior, que são as constantes descargas de cisternas com dejectos provenientes de fossas caseiras e de animais em terreno contíguos a habitações. Comparado com isto, o entulho não e nada, dado que esses dejectos depositados nos terrenos contaminam os solos e as aguas subterrâneas que utilizamos no dia a dia. E não possuindo a freguesia toda agua fornecida pela Câmara Municipal, acho um atentado ambiental maior, pois não sabemos o que bebemos, e cada vez e mais difícil comprar agua nas grandes superfícies.

    ResponderEliminar
  5. Caro Anónimo
    Mais uma vez, agradeço a participação de todos os que estão atentos aos problemas existentes na nossa freguesia.
    Não posso deixar de concordar plenamente com o comentário, principalmente com o facto de se despejarem, impunemente, cisternas com águas residuais que deveriam ser encaminhadas para os sistemas de tratamento construídos para o efeito, e pagos com o dinheiro dos nossos impostos.
    Mas apesar disto, e como não existe nenhuma fiscalização eficaz no terreno por parte das entidades competentes, é um dever dos cidadãos denunciar estes casos e outros em que sejam praticados actos que prejudiquem o meio ambiente.
    Não nos podemos esquecer que o meio onde vivemos é de todos. Não nos devemos apropriar dos recursos existentes sem pensar no prejuízo que estamos a causar ao nosso vizinho, e os despejos de águas residuais são um exemplo clássico e antigo da usurpação dos recursos naturais, nomeadamente as águas freáticas que, e como disse o caro anónimo, utilizamos no dia-a-dia.
    Um bem-haja a estas participações que, apesar de não agradarem a todos, levantam questões de grande importância.

    ResponderEliminar