sábado, 27 de agosto de 2011

Oleões na nossa freguesia para uma melhor qualidade de vida

Num outro artigo há dias falei da separação do lixo, hoje quero falar de um outro problema que não é menor:
A Câmara Municipal de Viana do Castelo, através dos serviços municipalizados, tem vindo a colocar oleões na cidade, e em diversas freguesias do concelho; na nossa freguesia foram colocados dois, um junto à escola da Fonte Grossa e outro em frente à sede da junta de freguesia.
É muito difícil prever se ainda vamos a tempo de salvar o nosso planeta, no entanto devemos pensar nos nossos netos, pelo menos educa-los para esta triste realidade, quero crer que todos somos responsáveis por estes desastres que a natureza nos proporciona, muitas vezes sem nos avisar.
Uns por negligência, outros mesmo sabendo que estão a tratar mal os ecossistemas, fazem-no sem responsabilidade alguma, sem respeito pelos outros, também existem aqueles que fecham os olhos.
Sabia por exemplo que um litro de óleo pode poluir um milhão de litros de água?
Eu sei que é mais fácil deitar o óleo pela banca abaixo, do que ter o trabalho de o levar ao oleão, mas é um trabalho que compensa largamente o estrago que evita.
Se morar longe do oleão, deite o óleo numa garrafa de vidro ou de plástico e coloque-o junto do contentor. Outro conselho que deixo, é que seria também boa ideia utilizar cada vez menos os sacos de plástico.
Nos dias que correm, todos os estabelecimentos de restauração têm que ter um bidão para a recolha dos óleos, e penso que os estabelecimentos desta freguesia todos têm. Assim como espero e acredito que todas as oficinas de automóveis, e outras que utilizem este tipo de produtos, tenham aderido à recolha destes óleos queimados. Os peixes não merecem ingerir este produto que tão mal lhes faz.
Espero que não interpretem mal este meu pensamento, mas irei estar atento àqueles que prejudicam o futuro das próximas gerações, não é contra ninguém, mas sim a favor do nosso ecossistema.
Ainda podemos mudar de atitude educando os mais novos, mas será que, como adultos responsáveis, damos esse exemplo? Com certeza que não damos bons exemplos, e não os damos quando deitamos herbicidas junto dos rios, nos nossos loteamentos, nos nossos caminhos, ou quando deixamos lixo no chão, ou quando nos servimos dos espaços públicos, e de seguida deixamos os mesmos ao abandono.
Já agora por falar em garrafas no chão, há dias fui à Preguiça e vi garrafas de vidro, rolhas e outros lixos. Não entendo como é que a nossa junta de freguesia, responsável pela manutenção de todos os espaços, ainda não teve tempo para fazer a recolha do lixo num local que poderia ser um ponto de encontro e de lazer para os santamartenses. Se entretanto já foi limpo, agradeço essa recolha e apresento as minhas desculpas.
Todos sabemos que existem uns certos politicos que não dizem nada, mas também não gostam que se fale destas realidades. Certamente não por lhes negar a existência, mas talvez por julgarem politicamente incorrecta a denuncia de muitos casos e factos.
No entanto, que se fiquem na sua, pois eu e certamente muitos leitores deste blogue, bem gostariam de não ter razão para tais declarações.
Joaquim Antunes.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Faleceu Querubim de Barros de Carvalho

Faleceu Querubim de Barros de Carvalho, com 75 anos de idade, natural de Santa Marta de Portuzelo, residente na Rua dos Lagos, nº 1. O seu funeral realiza-se sexta-feira, dia 26 de Agosto, pelas 18:20 horas, saindo da sua residência onde o seu corpo se encontra depositado, para a Igreja Paroquial com missa de corpo presente, de seguida em direcção á sua última morada, para o Cemitério da Freguesia.
O "santa Marta Digital" deseja nesta hora de dor e luto os mais sinceros sentimentos a toda a sua família.

sábado, 20 de agosto de 2011

Romaria de Santa Marta de Portuzelo


Quero aqui neste espaço dizer que as festas da nossa freguesia foram, desde sempre, grande atracção de muitos forasteiros, vindos de longe para nos visitar. Como em Betânia a nossa Padroeira acolhia os visitantes, também os Santamartenses sempre fizeram questão de serem uns bons acolhedores na nossa freguesia.
A nossa Igreja está sempre muito bonita, mas nestes dias o brio e o orgulho de ser Santamartense falam mais alto, e então os festeiros fazem tudo para que nada falte; neste ponto, gostaria de enaltecer o trabalho das muitas pessoas da freguesia, que todos os anos, tanto agora como na Páscoa, se prontificam e dão muito do seu tempo para deixarem a nossa igreja ainda mais bonita e mais atraente. Todos os anos, perde-se a conta aos elogios tecidos acerca da decoração da igreja, pelo que gostaria de dar os parabéns a todas as pessoas por ela responsáveis, desde a limpeza até à ornamentação, para a qual escolhem sempre as mais belas flores e adereços. Não deixemos cair no esquecimento este grupo de Santamartenses, cujo papel na freguesia é tão importante, e, muitas vezes, tão subvalorizado…
Gostaria ainda de louvar todos aqueles que, nesta altura, dedicam muito do seu tempo ao peditório para as nossas festas; não pedem para eles, mas sim para que a nossa Romaria seja cada vez melhor e mais rica. Deveríamos ter o cuidado de não os obrigarmos a bater à porta mais que uma vez.
Falo também de todos os que, desde muito cedo, ajudam a preparar os carros, andores, trajes, bancadas e tudo o resto para os dias das festas. São muitos os anónimos que ajudam, não para ser vistos, mas sim por amor á Padroeira.
Desde que me conheço, acompanho as nossas festas, mais como espectador do que como colaborador, e sou, desde muito novo, um grande admirador e respeitador de todos os envolvidos nas festas. Acredito que na retaguarda estão centenas de pessoas a colaborar para que nada falte na nossa Romaria.
Não ficava de bem comigo se não falasse daqueles que, desde há muitos anos, estiveram sempre na linha da frente, sempre mais expostos á crítica positiva, e muitas vezes injustamente negativa. Digo injustamente porque quem está de fora nem se apercebe de todo o esforço tanto físico como mental, e muitas vezes monetário, prejudicando por vezes a sua vida profissional, e mesmo familiar. Tenho a certeza de que, se uma ou outra parte da festa corre menos bem, não é certamente por culpa dos elementos da comissão, que tudo fazem para que corra de maneira que agrade a todos.
Desde que me conheço, toda esta gente da linha da frente sempre fez da nossa romaria uma grande festa, sempre com sentido de responsabilidade, mostrando às autoridades civis e religiosas de Viana o melhor que a nossa freguesia tem para oferecer, acompanhados de dezenas de Santamartenses. Dá para ver a alegria, o orgulho e a fé que todos mostram nos olhos.
Quero dar os parabéns a todas as mulheres e homens de Santa Marta que deram sempre o seu melhor pela festa e pela freguesia, desde há muitas dezenas de anos a pensar o melhor para a terra, sempre com fé na nossa Padroeira. Muitos deles estão já falecidos, mas são relembrados e homenageados todos os anos, com missa e romagem ao cemitério com a colocação de um ramo de flores.
O ponto alto da Romaria é, sem dúvida, para centenas de devotos da nossa Padroeira, o Domingo, com missa e procissão em louvor a Santa Marta. Nota-se a dificuldade das dezenas de pessoas que transportam os andores, principalmente o da Padroeira, com pessoas descalças em grande sacrifício, mas entendo que a fé que os motiva fala mais alto, ajudando-os a ultrapassar todos os obstáculos.
Já no final do dia vamos ao folclore, apreciar os trajes e danças de várias terras do nosso País, e também alguns grupos estrangeiros; neste espectáculo, quantos como eu esperam até ao fim para ouvir o nosso grupo, para ver belos trajes, bonitas moças e moços engraçados…No final do espectáculo são convidadas, para dançar, pessoas de todas as idades, permitindo aos mais novos aprender e aos mais experientes ensinar passos e truques destas danças por vezes tão complexas.
Ouve-se de seguida os primeiros foguetes que assinalam o fim da festa, o fogo preso a dar a despedida com o seu barulho ensurdecedor que enche o ar, e as bandas de música despedem-se com excelentes sons tocados por homens e mulheres de todas as idades.
Não quero aqui esquecer o nosso grupo de Bombos, a Fanfarra, o Ciclismo e a escola de Folclore.
Também não quero esquecer o cortejo nocturno, visto por largas centenas de pessoas, o cortejo de sábado, visto por milhares, a festa da juventude… No geral, foi uma romaria de que todos os Santamartenses se devem orgulhar.
Quero aqui deixar uma pequena reflexão de uma das muitas leituras que eu, e certamente muitos Cristãos, gostamos de ouvir:
“Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. Betânia distava de Jerusalém cerca de três quilómetros. Muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho Deus, que havia de vir ao mundo.”
Deixo aqui um excerto do trabalho de um fotógrafo vianense, Gualberto Boa-Morte Galvão, que registou alguns momentos da nossa Romaria:

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Mundo é como o Abecedário


Nº 1 Letra A
A nascença nasceu do nada
Sendo um mistério profundo
Portanto é como uma fada
Que se imagina no Mundo

Nº 2 Letra B
Bem se diz que o tufam
Passa sem ninguém o ver
Apenas nos deixa o som
Pois passa sempre a correr

Nº 3 Letra C
Caminha o mundo sem fim
Onde fecha não sabemos
Todos pensamos assim
Com seus grandes pesadelos

Nº 4 Letra D
Deixando de pensar na terra
Vamos antes pensar nos Céus
Pois o pensar nos encerra
O mistério é de Deus

Nº5 Letra E
Eternidade sagrada
Onde nela tudo tem fim
É como o vento ou nevada
Que não fala para mim

Nº 6 Letra F
Faz anos que nós nascemos
Esses mesmos vão esquecer
No dia que nós morremos
Nem o mistério nos deixa ver

Nº 7 Letra G
Grande é nossa vida
O mistério continua
Tanto é com muita lida
Como andar numa charrua

Nº 8 Letra H
Homem tu sê valente
Não chores, tem sempre fé
Deves ser como o vento
Que deitado vai a pé

Nº 9 letra I
Igreja, se assim é, tu ouve bem
Fala no mundo diz assim
Não chores, pois dá quem tem
É só Deus que não tem fim

Nº 10 Letra J
Já mais vou esquecer
Que viemos cá para amar
Desde o nascer ao morrer
Só Deus nos há-de guardar  


Nº 11 Letra L
Lembro-me do meu baptismo
Pois já tinha eu seis anos
Ainda era tão novinho
Já dizia só Deus amo

Nº 12 Letra M
Mesmo a olhar para os Céus
Dizia como tudo é grande
Sendo maior só um Deus
Que em meu peito se expande

Nº 13 Letra N
Ninguém pode afirmar
Um caminho tão longínquo
Como é partir sem parar
Ficando no mesmo sitio

Nº14 Letra Ó
Ó é o mundo redondo
Onde nele tudo cabe
Nem que seja um estrondo
Nele se torna suave

Nº 15 Letra P
Partimos e vamos ser eternos
Olhando para traz chorando
Não faças mal pois no inferno
Muita gente vai rolando

Nº 16 Letra Q
Que vontade eu tenho  
De encontrar um dia Deus
Tirar um dia o lenho
Peço a Deus Jesus dos pecados meus Nº17 Letra R
Respondo dizendo sou pecador
Senhor vos peço perdão
Valei-me na minha dor  
Vos amo do meu coração

Nº18 Letra S
Sempre á a eternidade
Meu Deus tende pena de mim
Valei-me em minha ansiedade
No tempo que não tem fim

Nº 19 Letra T
Tenho uma fé que a abanas
Mesmo que não queira querer
Ás vezes, julgo ser sisma
Mas verdade é morrer

N 20 letra V
Upa, ergue-te corpo humano
O Mistério vai nascer
Se tu não fores bom fulano
Mais depressa vais morrer

Nº21 letra V
Vais partir para a eternidade
E eu não fico não senhor
Tudo isto é verdade
Tem em ti sempre amor

Nº 22 Letra X
Xi-coração é ternura
Eu vos amo pois também
Só Deus é candura
A luz do amor que ninguém tem

Nº 23 Letra z
Zumbido um amor louco
Que a todos vem torturar
Faças muito ou faças pouco
Tu vais ao outro mundo morar
Autor (João Saraiva) Viana do Castelo

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Chegou a factura.

Como dizia o Sclolari e o burro sou eu? Nem eu nem certamente nenhum Português anda a dormir nem é burro, daí que têm muitas dúvidas em relação aos partidos. Ou aos Políticos?
Como por exemplo, já não acredito nos Partidos, são todos iguais.
Eu digo que não, os Partidos uns mais que outros são todos Democráticos, o que não são iguais são os seus líderes. E todos aqueles que se servem da Política.
Alguns exemplos: a lei do rendimento mínimo, hoje reinserção social, esta ajuda existe em todos os Países. As baixas por doenças, o subsídio do desemprego.
Para estes exemplos ou algumas dúvidas, perguntam muitos Cidadãos, aquela ou aquele cidadão terá direito ao rendimento mínimo, aquela ou aquele Cidadão terá direito ao subsídio de doença, aquela ou aquele Cidadão terá direito ao subsídio de desemprego.
Tenho a certeza que a lei foi bem-feita, foi feita a pensar em tudo, para que nada faltasse aos cidadãos, e para que tivessem um mínimo de qualidade de vida, ou subsistência.
Depois tivemos os fundos da Comunidade Europeia, alguns exemplos:
Subsídios para a agricultura, subsídios para as empresas, para o comércio, para as pescas, para o ambiente para que fossem criadas condições, para uma boa qualidade de vida para as populações.
O que temos hoje, uma agricultura obsoleta, um comércio com dificuldades, a indústria a fechar portas todos os dias, a pesca muito pobre. Para estas questões também há perguntas, o que foi feito com esses dinheiros?
O ambiente: os recursos naturais as águas os rios e ribeiros os moinhos, a reflorestação dos montes o saneamento básico a água, as ruas e ciclo vias.
Muitas autarquias locais preocuparam-se com os seus habitantes, apresentando projectos com qualidade, fizeram muitas obras, foram persistentes e criativos, por isso souberam aproveitar as oportunidades que tiveram para criar condições de bem-estar aos seus habitantes. Entretanto, outros autarcas dormiram na cadeira do poder. Quantos hoje não lamentam a situação dos idosos, a situação dos jovens, enfim o que fizeram por eles?
E agora? Agora chegou a hora de ter de pagar a factura, e quem vai pagar? Os mesmos de sempre, que são todos aqueles que trabalharam durante toda a vida, que sempre pagaram os seus impostos, aqueles que pensavam que estavam a enriquecer o País, mas que afinal enriqueceram apenas alguns.
Agora eu pergunto, de quem foi a culpa? Foi de todos, minha e sua, de todos aqueles que fecharam os olhos e taparam os ouvidos, vimos e fechamos os olhos, ouvimos e não dizemos nada.
Agora já é tarde, agora é noite e já não se vê nada, está muito ruído, já nada se ouve.
Agora as ideias e os projectos já vem tarde, os montes arderam, os peixes morreram e a água está asecar nas fontes. Será que a Democracia também morreu?
Atenção que não procuro os responsáveis por esta situação, nem procuro respostas.
Não procuro, porque todos sabemos quem são. Como dizia o grande seleccionador: o burro sou eu? Ninguém é burro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Incêndios: A todos nos deve preocupar, directa ou indirectamente somos todos responsáveis

O Santa Marta Digital Preocupado com os incêndios, deixa neste espaço alguns conselhos.
Em caso de Incêndio Florestal, siga estas medidas para se manter em segurança.
Se estiver próximo do incêndio
  • Ligue de imediato para o 112
  •  Ou para os Bombeiros municipais 258840400.
  • Ou ainda para a Câmara Municipal 258809300.
  • Se não correr perigo tente extingui-lo com pás, enxadas ou ramos.
  • Não prejudique a acção dos Bombeiros e siga as suas instruções.
  • Retire a sua viatura dos caminhos de acesso ao incêndio.
  • Se notar a presença de pessoas com comportamentos de risco, informe as autoridades.

Se o incêndio estiver perto da sua casa
  • Avise os vizinhos.
  • Corte o gás e a electricidade.
  • Molhe abundantemente as paredes e os arbustos que rodeiam a casa.
  • Solte os animais, eles tratam de si próprios.
  • Em caso de evacuação ajude a sair as crianças, idosos e deficientes.
  • Não perca tempo a recolher objectos pessoais desnecessários.
  • Não volte atrás por motivo algum.
  • Devemos ter em atenção os seguintes conselhos:
Tenho o mato limpo à volta da minha propriedade, pelo menos num raio de 50 metros, para proteger a minha casa, e criar uma zona de segurança para os bombeiros, poderem fazer o seu trabalho á vontade, sem criar perigo para eles e para todos.
Tenho os armazéns, e locais onde tenho os animais, com uma facha de protecção de 50 metros sem mato, ou silvas.
Tenho as botijas de gás em locais próprios, e as de reserva estão longe de casa.
Tenho o telhado limpo de folhas, ramos, pinhas e carumas, tenho o caminho de acesso à minha casa, com o mato limpo numa faixa de 10 metros para cada lado.
Tenho os montes de lenha afastados da minha casa.
Tenho as palhas guardadas num lugar onde o terreno está limpo à volta sem matos e ervas.
Tenho as árvores à volta da minha casa desramadas e os ramos de umas não tocam nos ramos das outras.
Tenho o meu quintal sem ervas secas, e toda a folhada também seca.
Tenho a relva do meu jardim devidamente cortada.           
Tenho um sítio para fazer compostagem, para não ter de queimar os restos das culturas e das jardinagens, pois se fizermos compostagem bem-feita, vamos ver que além de não termos o trabalho em levar essas coisas para o lixo ou mesmo queimar o que não se deve fazer, estamos a fazer um bom estrume orgânico, para os nossos quintais ou mesmo jardins.
 Ao mesmo tempo respeitamos o nosso ambiente. Já falei com os meus vizinhos, e se estes não me ouviram, falei com a junta de freguesia, no caso de terem propriedades que confinem com os caminhos de acesso à minha casa, para que limpem os matos numa faixa de 10 metros para cada lado, para se for preciso, accionar um plano de fuga, para eu nesse caso poder sair em segurança com a minha família.
Devemos ter em atenção que a tarefa dos Bombeiros não é fácil, muitos perderam a vida para salvar vidas e bens.

Viver melhor em Santa Marta de Portuzelo

O meio ambiente é de todos, é por isso que devemos respeitá-lo, e dar um fim justo a todo o lixo que fazemos nas nossas casas todos os dias. Para isso temos ao nosso dispor vários contentores para lixo diferenciado, postos á nossa disposição na freguesia pelos serviços municipalizados.
Este sistema de recolhas, ajuda-nos a tornar a nossa terra mais limpa e asseada, e consequentemente a sermos melhores cidadãos. Existem, no entanto, pequenos gestos que nos permitem optimizar estes recursos e rentabilizar as possíveis reutilizações desses materiais. Deixamos aqui alguns conselhos e dicas que nos permitirão fazê-lo:
 Na recolha de lixo indiferenciado devemos ter em atenção o seguinte:
O lixo deve ser colocado dentro dos contentores, dentro de sacos plásticos, devidamente fechados.
Os sacos com lixo devem ser colocados o mais próximo possível das horas de recolha.
A tampa do contentor deve permanecer fechada, evitando assim a sua invasão por animais e evitando também os maus cheiros.
O lixo deve  ser sempre colocado dentro do contentor. Quando este estiver cheio deve-se procurar outro que ainda tenha espaço.
Não se deve colocar os sacos do lixo na via pública, pois além de causar um impacto visual negativo, ficam à mercê dos animais que abrem os sacos e espalham o lixo.
 Não se deve colocar nestes contentores material que possa ser reciclado, tal como: vidros, papel, latas, plástico..... Este deve ser colocado no Eco ponto, no local correcto.
 Não despejar lixo, tal como papel, latas e outros, na via pública. A nossa freguesia é também a nossa casa...Tente não colocar nos contentores o lixo que é biodegradável. Faça compostagem com ele e utilize o resultado nas suas plantas. Basta empilhar esses resíduos num local reservado, juntamente com folhas, restos de plantas cortes de relvas, as sobras da cozinha as borras do café e outros materiais de natureza biológica. Em breve obterá um adubo muito rico em nutrientes para as suas plantas ou legumes, e por outro lado está a contribuir para diminuir a quantidade de lixo nos contentores.
Na recolha selectiva de lixo deve seguir-se, sempre, as indicações de cada um dos contentores do Eco ponto.
Existem três tipos de contentores que podemos distinguir pela cor: azul amarela e verde,
Podemos e Devemos depositar: 
No contentor azul devemos colocar todo o tipo de papel fino ou grosso, e todo o tipo de embalagens de cartão e outros.  
       No contentor amarelo devemos colocar todo o material de plástico, latas e embalagens de bebidas vazias e limpas.
No contentor verde colocar todo o tipo de material em vidro.
Pode também verificar os símbolos afixados nos respectivos contentores.
Lembre-se sempre, o papel e outros materiais passíveis de serem reciclados devem ser separados, assim dar-lhe-á um destino mais útil que o contentor do lixo. Separe correctamente os materiais e deposite-os nos locais apropriados.
 Evite fazer fogueiras, os restos de ervas daninhas ou bravas do nosso quintal dão para fazer compostagem, os troços das couves desfazem-se na terra, não os deite nos contentores, nem nos caminhos. Se assim fizer o ambiente e a saúde pública agradece.
Evite fazer fogueiras no quintal, de lixos que podem ter outro uso, utilize o sistema de compostagem.
Evite os herbicidas, eu pessoalmente este ano vi no meu quintal e não só muitos melros mortos, lembre-se das águas dos ribeiros e dos nossos poços, não sejamos criminosos. Eu não utilizo esses produtos, o meu herbicida é o sacho e a máquina de fio, porque entendo que o exemplo deve vir de cima.

domingo, 7 de agosto de 2011

Verdade (Dorida)

Hoje apetece-me falar de uma freguesia do nosso Pais, freguesia pacata mas com muitas histórias, e esta é mais uma que quero contar.
Contam por aí que foi feita uma reunião na mesa de um café, para preparar uma assembleia dessa freguesia, e que para além dos intervenientes habituais, entrou ainda um conselheiro, para que nada faltasse no ataque ao pessoal da oposição.
Preparado o ataque feroz, começa a assembleia, ou melhor dizendo, o espectáculo: diz-se palavrões ameaça-se, intimida-se, acusa-se o discursador de não ser o autor do seu próprio discurso, enfim, vale tudo, tudo é motivo para que seja mais um espectáculo, passando, mais uma vez, os problemas da freguesia para segundo plano.
 Dizem que não se revêem naquele tipo de política, e que ainda bem que esta oposição não fez parte no último mandato.
Houve uma assembleia em que participaram muitas pessoas. Na assembleia seguinte disseram que foram muitos Socialistas, e que até parecia um circo, certamente chamaram de palhaços aos presentes, no entanto a arte de palhaço é uma profissão digna, como a profissão de geólogo, professor de música, de trabalhos manuais ou outra qualquer.
Dizem ainda que se pudessem fechavam o cruzeiro. Mas que raio de Democracia é esta? Entendo que essa freguesia não é uma quinta de meia dúzia. A pensar dessa maneira, têm que ser fechados os cafés da aldeia, pois aí também se conversa, aí também se preparam os ataques, aí também se criam grupos.
Para ser completamente honesto, esta estratégia teve o seu início no dia das eleições autárquicas de 2009; medindo os passos apenas do candidato do P.S., para ver a distância a que ele tinha que estar. As ameaças começaram nesse dia, houve danças provocatórias durante toda a tarde, a noite foi de festa, e não me venham dizer que toda esta celebração era amor pela política ou por um determinado partido; este tipo de celebração selvagem continha algo mais, teriam estas pessoas algo mais a esconder? …
A esses que, não só nesse dia, mas também durante a campanha, fizeram tudo para ofender e denegrir a imagem do candidato, apelando à experiência do candidato do P.S.D., deixo uma pergunta: o que ganharam com tudo isso, teriam medo que o P.S. fizesse melhor? Ou tinham alguma coisa a esconder? Porque razão não fizeram o mesmo espectáculo nas Presidenciais?
Mas também se diz que a Câmara está falida, que fizeram e começaram obras sem dinheiro e sem protocolo, que mais parecem mendigos com chapéu a pedir esmolas na Câmara… Sobre este assunto, os fregueses dessa freguesia sabem perfeitamente que o maior parque escolar feito no concelho foi precisamente nessa freguesia, e sejamos francos, a nível de protocolos, projectos, dívidas e transparência, essa freguesia tem muito a dizer e a explicar.
Na intervenção do público, também são combinadas estratégias, diz-se mal dos próprios funcionários, usam-se artimanhas para justificar problemas no nosso cemitério, utiliza-se meios para dividir a oposição, dá-se os parabéns pela agenda cultural, quando se sabe que 90% desta agenda é da Câmara Municipal.
Para finalizar apetece-me dizer: tenho dúvidas sobre o que eu sinto em relação a esta situação, não sei se é nojo, se é enjoo ou se é desprezo…
Se é medo? Não: se dizes a verdade não tenhas medo, se respeitas, mas és maltratado, responde com inteligência.
Não, não é uma sardinha que compra a minha honra, não é um espectáculo que me seduz, não é uma festa ou uma entrada arranjada ou um ponto de luz que me faz mudar de ideias, troco tudo isso pela verdade…

terça-feira, 2 de agosto de 2011

À mesa com o "Pintor da Linha" - parte 2

(continuação do artigo publicado anteriormente - À mesa com o "Pintor da Linha")

"Santa Marta Digital" (SD) -Considera que o gosto pela Pintura é um dom ou aprende-se com o tempo? Pergunto isto, porque noto esse gosto nos seus filhos e no seu neto Hugo, que também é artista plástico.
Ribeiro Soares (RS) - Como em tudo na vida sem gosto nada se pode fazer, não só na arte de pintar. Entendo que o gosto pela arte tem que existir dentro de nós desde meninos. Julgo que já nascemos pintores.
A seguir apenas vamos conhecendo as técnicas, e conhecer materiais, bem como o ambiente que nos rodeia no que se refere à luz natural, se estamos em local quente ou frio, se estamos a Norte ou a sul, em cada lugar destes, as cores têm os seus domínios normais, mediante o sítio. Portanto só um pouco de jeito não chega, faz falta o verdadeiro interesse bastante paciência e o tal amor.
SD - O Hugo ter-me-á dito, que muito daquilo que aprendeu deve ao avô Zé, como ele lhe chama, não só como Artista mas principalmente como pessoa. Tem noção desta influência.
RS -Estou muito feliz pelo meu neto Hugo, é ainda muito novo mas tem tudo para ser um verdadeiro e famoso artista, e o génio que já tem vai ser consagrado sem dever nada ao Avô Zé. Para ele o meu incansável carinho.
SD -Exerceu os seus dotes de pintor na fábrica da loiça Campos e Filhos, na Meadela, que é uma das melhores do País na arte de fazer e pintar loiça à mão. Sente saudades da fábrica? Sentia gosto nas suas obras de arte, e de muitos colegas seus, sabendo que eram apreciadas por muitas pessoas, dentro e fora do País?
RS -Sim é verdade que exerci a actividade de pintor e decorador na fábrica da loiça Campos e Filhos da Meadela Viana do Castelo e nessa fábrica permaneci 14 anos da minha vida.
Mas um homem não aceita a tirania e a seguir a burocracia, como posso ter saudades daquela casa? Dessa casa só sinto mágoa e pena pelos meus originais que lamentavelmente lá deixei. Tanto dei de mim, e não permitiram que eu rasgasse mais e melhor, todos os meus horizontes criativos, para o bem da fábrica e para a minha própria felicidade, saindo da fábrica por vontade própria.
SD - Na fachada da sua vivenda podemos ver azulejos pintados por si. Tem alguma história que possa contar em relação a essa obra?
RS - Sim é verdade, tenho na minha vivenda um pequeno painel de azulejos que apenas está escrito, e cujo significado é “O CARINHO À MULHER E AO POETA”.
Fico grato por me reconhecer “rico” mas somente de alma, deve ser esta a real verdade.
Já criei e pintei várias centenas de quadros a óleo, desenhos a carvão, decorações várias e muitos painéis em azulejo com cenas diversas, muitas peças cerâmicas com decorações únicas, modelei obras em barro e grés.
Muitos destes trabalhos estão espalhados por Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Suíça e Brasil. Também cá tenho muitos em Lisboa, Aveiro, Porto, Viana do Castelo e muitos outros em Santa Marta de Portuzelo.
SD - Com o seu passado rico na arte de pintar, não tem planos para escrever um livro ou a sua autobiografia? Entendo que Santa Marta ficaria mais rica, em ter recebido um artista que deixa para os vindouros uma história para contar.
RS - Irei em breve apresentar um livro que escrevi sobre “ANTOLOGIA”.
Deixo-vos um pensamento final: Nós apenas somos o que a vida fez por nós.
SD - Chegou ao fim a nossa conversa. Gostaria de agradecer ao amigo o facto de dispor do seu tempo para que, de uma maneira agradável e bem explícita, nos dar a conhecer a “Arte” de pintar. Fiquei com a certeza de que o amigo ainda tem muito para contar.
Porque entendemos que a Arte como a Música como o Teatro, nos dão alegria e estão ligados entre si, mostrando-nos tudo de bom e o valor do Artista.

O trabalho fruto do talento deste artista, contribuiu para a dignificação desta freguesia. Por este motivo, o "Santa Marta Digital" tem o prazer de contribuir para a divulgação de alguns dos seus trabalhos, com a publicação neste espaço de algumas fotografias da sua obra.