Tendo sido Mordomo da Cruz Paroquial de Santa Marta de Portuzelo no período 2008 /2009, tive o privilégio e o prazer de fazer uma das coisas mais belas da minha vida.
Quero deixar neste espaço um resumo da vida do Mordomo desde a sua entrada a 29 de Julho, dia da nossa padroeira Santa Marta, até ao ano seguinte.
Durante este período de quaresma, que antecede a Páscoa, irei partilhar um pouco da experiência que vivi durante esse compromisso que assumi perante a paróquia e a freguesia, que se iniciou no dia 29 de Julho de 2008, dia da nossa padroeira, e que durou exactamente um ano. Como uma imagem vale mais do que mil palavras, deixar-vos-ei também algumas fotografias desse ano.
Como primeira mensagem, gostaria de convidar todos os Santamartenses a abrir as portas das suas casas e receber o Cristo ressuscitado, contribuindo para dar cor e alegria a esta festa que é uma das tradições exclusivas desta região do país. Convido-vos ainda a participar nas cerimónias religiosas que antecedem a festa da ressurreição de Cristo, porque só assim poderemos compreender esta tradição tão nossa.
Deixo-vos ainda uma foto do grupo que me acompanhou na visita pascal de 2009, para partilhar convosco a alegria que esta tradição me proporcionou a mim, à minha esposa e meus filhos.
Foto de conjunto, com grande parte das pessoas que participaram e ajudaram nestes dias de visita Pascal, e a quem agradeço a ajuda, apoio e incentivo que sempre transmitiram.
Decorreu ontem, dia 25 de Março, na antiga escola primaria da Fonte Grossa, a primeira de varias aulas que o Senhor Luís Gonzaga tem agendadas para este ano.
Apesar de ter sido pessoalmente convidado pelo Sr. Luís Gonzaga para assistir a estas sessões esclarecedoras, e com muita pena minha, não pude estar presente por motívos pessoais e laborais, mas é com todo o prazer que vos deixo um breve resumo desta sessão. Espero com esta breve descrição desperte a curiosidade de todos por estes temas.
Pouco passavam das 21 horas quando as cerca de 3 dezenas de pessoas que se deslocaram a escola começaram a ouvir Luís Gonzaga.
A aula foi sem duvida bastante instrutiva, tendo na sua primeira aula abordado vários temas, sobressaindo o infinitamente pequeno e infinitamente grande, de onde se destaca as partículas, o átomo, etc. Ficou demonstrado que a partir de uma simples e pequena formula (E=mc2) se pode falar horas sobre aquilo que ela representa.
A forma simples e eficaz como explicou os assuntos foram sem duvida muito importantes. Frases como “um homem normal possui matéria capaz de destruir uma cidade” ou “quanto maior for a matéria menos longevidade terá” foram marcantes.
Abordou ainda temas actuais como a catástrofe recente vivida no Japão, explicando através da química e física o desenrolar do processo da energia atómica, falando da importância do urânio, sua escassez no nosso planeta, e suas características destruidoras. O urânio existente no nosso planeta apenas garante o funcionamento das centrais nucleares por 80 anos, isto partindo do principio que não surgirão mais.
Também abordou algumas curiosidades cientificas, o nascimento de tudo aquilo que conhecemos hoje (Big- Bang) – teoria do desenvolvimento do universo, etc, dedicando a parte final da aula a responder a questões que lhe quisessem colocar.
Foi sem duvida um bom inicio de noite, onde ficou provado que a sabedoria e o conhecimento não se aprendem apenas nas escolas, mas que o mais importante e a vontade em aprender.
Um Bem-haja ao Senhor Luís Gonzaga pela sua preocupação que sempre demonstrou pelo meio ambiente, e que agora traduz no ensinamento de como surgiram todas as coisas, e como consequência, como preservar nossos recursos e o Planeta em que vivemos.
Deixo uma pergunta a quem me souber responder: quem são os responsáveis da situação a que o nosso País chegou? Não será que todos aqueles que neste momento querem ir a eleições, não são responsáveis por toda a situação? O que se passou com as maiores empresas do nosso País - a agricultura, as pescas…
Quantos responsáveis há neste País pelos dinheiros que vieram da Comunidade Europeia? Quem fiscalizou esses dinheiros? O que foi feito com eles, e será que ainda existem as empresas formadas à custa desses fundos?
Veja-se a fortuna que se gastou com a agricultura: estufas, vacarias, vinhas etc. Hoje uma grande parte dessas empresas fechou, ou mudou de actividade, e sem qualquer punição! Resumindo, a agricultura está falida, e as pescas estão na mesma situação.
Quantas empresas ganharam milhões à custa de formações que deram aos empregados, sem que se visse resultado algum, tanto nas empresas como nos formandos? Quantos empregos foram dados a pessoas sem competência para o cargo que desempenham?
Tudo isto é hoje espelhado nas repartições do estado: finanças, escolas, autarquias locais, tribunais, etc.
O que se vê hoje é uma máquina do Estado vergada pelo peso reformas altíssimas (há funcionários a mais vão para casa com reformas de 3, 4, 5000€ e mais!!), e por indemnizações de bradar aos céus.
Na política ninguém é responsabilizado, tomando como exemplo os muitos autarcas que se servem do poder para benefício próprio. Pergunto-me quantos milhões foram mal gastos na política, no futebol, na banca, nas empresas, etc., e quantos foram “desviados”. Sim, eu digo desviados, porque quem ROUBA é o homem que não tem dinheiro para matar a fome aos filhos, e que acaba na prisão, na grande maioria dos casos. Estes “desvios” a que me refiro são descobertos, provados e comprovados, e os autores continuam a sair impunes.
A questão que se prende agora é quem temos para governar o nosso País? As nossas autarquias, as nossas empresas? Pergunto isto porque quem temos tido à frente dos Partidos políticos são aqueles que têm sempre a ver com o passado, e que desde a revolução dos cravos são sempre os mesmos.
Este governo sai de cena hoje, vamos para eleições, são apenas 18 milhões gastos… tenho a certeza de que nada vai mudar com novas eleições, e é o povo, com a sua humildade e pacificidade, que vai pagar e calar.
Resta-me dizer que este tipo de democracia está a desmoronar-se, começando pelos milhares de jovens que não têm emprego, sujeitando-se a recibos verdes, ou então a emigrar. E o que pensarão os reformados e todos aqueles que, como eu, têm mais de 40 anos de descontos para a segurança social? Quando chegar a altura de sermos recompensados por todo o esforço e sacrifícios que dedicámos a este País, haverá reformas justas para todos?
A minha preocupação não é certamente sobre quem irá constituir o próximo governo, ou qual será o próximo partido a governar, mas sim o futuro do meu País, dos meus filhos e dos seus filhos. Depois de ouvir todos os líderes dos partidos e vários comentadores políticos, todos os Portugueses ficaram a saber que afinal o próximo governo vai ter que pôr em prática o PEC 4 (Plano de Estabilidade e Crescimento), a pensar já no próximo PEC 5. No final da votação do PEC, o governo sai cabisbaixo, e apesar de o Partido Social Democrata ter guardado as palmas para a sede do P.S.D., a sua alegria foi notória, assim como também se tornou claro que, no meio de toda esta crise, não estão em questão os interesses do País, mas sim os interesses dos Partidos.
Finalizo esta reflexão na esperança de que os portugueses não deixem de exercer o seu direito de voto nas próximas eleições, independentemente da cor partidária de cada um. Tenho, no entanto, algumas dúvidas de que isso vá realmente acontecer, uma vez que os portugueses já não vão muito em mentiras.
Sendo hoje dia da poesia e também o primeiro dia de Primavera, gostaria de homenagear duas figuras incontornáveis da poesia e do fado: Pedro Homem de Mello, ilustre poeta minhoto, e a diva e rainha do fado Amália Rodrigues. A simpatia que sinto por estas duas personalidades, levou-me a ilustrar um dos poemas deste autor, imortalizado pela voz desta grande fadista, numa das paredes dos meus estabelecimentos comerciais. E qual o poema indicado para tal exposição, senão aquele que relata a saudade da nossa cidade.
Poeta vianense, natural de Afife, mais precisamente de Cabanas, durante uma grande parte da sua vida, viveu um Portugal em que reinavam a mágoa e a tristeza com a saudade dos emigrantes que partiam, o trajar de negro, pela morte ou pela ausência de um filho que partiu para uma guerra sem sentido, em terras de África. Reinava também o exílio de outros, castigados pelo seu livre pensamento.
No poema "Gondarém", Pedro Homem de Mello, cantava:
"NUMA BANDA A ESPANHA MORTA,
NOUTRA PORTUGAL SOMBRIO
ENTR' AMBOS GALOPA UM RIO
QUE NÃO PÁRA À MINHA PORTA.
E GRITO, GRITO: ACUDI-ME,
GANHEI DOR. BUSQUEI PRAZER
E SINTO QUE VOU MORRER
NA PRÓPRIA PÁTRIA DO CRIME."
(musicado por Alain Oulman, Álbum: "Cantigas Numa Língua Antiga", Amália Rodrigues)
O Poeta cantou com enlevo o amor profundo à terra e às tradições populares. Um amor puro aos rios, aos prados e às gentes. Vemo-lo, em "Havemos de ir a Viana":
"...SE O MEU SANGUE NÃO ME ENGANA,
COMO ENGANA A FANTASIA,
HAVEMOS DE IR A VIANA,
OH MEU AMOR DE ALGUM DIA...
PARTAMOS DE FLOR AO PEITO,
QUE O AMOR É COMO O VENTO
QUEM PÁRA, PERDE-LHE O JEITO,
E MORRE A TODO O MOMENTO...
CIGANOS VERDES CIGANOS,
DEIXAI-ME COM ESTA CRENÇA:
OS PECADOS TÊM VINTE ANOS,
E O REMORSO TEM OITENTA..."
(musicado por Alain Oulman, Álbum "Com que voz", Amália Rodrigues)
E ainda, fazendo uma ode à cultura popular, transbordante de amor à Terra e às Gentes, em "Canção de Viana":
"...VIREI COSTAS À GALIZA,
VOLTEI-ME ANTES PARA O MAR
SANTA MARTA, SAIAS NEGRAS,
TEM VIDRILHOS DE LUAR.
DANCEI A GOTA EM CARREÇO,
O VERDE GAIO, EM AFIFE,
DANCEI-O, DEVAGARINHO,
COMO A LEI MANDA BAILAR,
COMO A LEI MANDA BAILAR,
DANCEI EM VILA, A TIRANA,
E DANCEI EM TODO O MINHO,
E QUEM DIZ MINHO, DIZ VIANA..."
(musicado por Alain Oulman, Álbum "Cantigas Numa Língua Antiga", Amália Rodrigues)
O Povo, essa entidade tão amada pelo Poeta. A lucidez porém, da rigidez, da austeridade, um amor para além da razão. Um sentimento de pertença.
"POVO QUE LAVAS NO RIO,
QUE TALHAS COM O TEU MACHADO,
AS TÁBUAS DO MEU CAIXÃO...
AROMAS, DE URZE E DE LAMA
DORMI COM ELES NA CAMA,
TIVE A MESMA CONDIÇÃO...
POVO, POVO, EU TE PERTENÇO
DESTE-ME ALTURAS DE INCENSO
MAS A TUA VIDA, NÃO!..."
(adaptado por Amália, à musica do Fado Tradicional, conhecido por " Fado Vitória ", composto pelo antigo fadista, Joaquim Campos, Álbuns: "Abandono" / "Encontro-Amália e Don Byas", Amália Rodrigues)
A Solidão do Poeta. O retrato de alguém que, apesar da sua altíssima formação académica, dos seus convívios cosmopolitas, com gente das Artes e das Letras, mantém uma certa " ruralidade " e " isolacionismo ", perante a urbe, que amedronta e atrai. A Pureza dos versos de " Fria Claridade ", retrata-nos esse homem, só, no meio de tanta gente.
"...NO MEIO DA CLARIDADE,
DAQUELE TÃO TRISTE DIA,
GRANDE, GRANDE, ERA A CIDADE
E NINGUÉM ME CONHECIA..."
(Adaptado por Amália, a uma musica do Fado Tradicional, composto por José Marques do Amaral, Álbum " Maldição ", Amália Rodrigues)
O Medo do desterro. O Pavor de perder o Amor das Gentes. O Poeta faz uma "Prece":
"...TALVEZ QUE EU MORRA NA RUA
INVIA POR MIM, DE REPENTE
EM NOITE FRIA E SEM LUA
IRMÃ DAS PEDRAS DA RUA,
PISADAS, POR TODA A GENTE.
TALVEZ QUE EU MORRA ENTRE GRADES,
NO MEIO DUMA PRISÃO,
E QUE O MUNDO, ALÉM DAS GRADES
VENHA ESQUECER AS SAUDADES
QUE ROEM, MEU CORAÇÃO..."
Contudo, e apesar dos pesares, a Magnanimidade do Poeta, perante a sociedade que o envolve. O amor do Poeta, sem condição, rendido, prostrado aos pés do seu país. O seu último desejo. Mesmo que essa Pátria lhe tenha sido adversa. Sombria. Inferimo-lo, no mesmo poema.
"...TALVEZ QUE EU MORRA NO LEITO,
ONDE A MORTE É NATURAL
AS MÃOS EM CRUZ, SOBRE O PEITO.
DAS MÃOS DE DEUS, TUDO ACEITO,
MAS QUE EU MORRA, EM PORTUGAL !"
(musicado por Alain Oulman, ultimo Poema de Pedro Homem de Mello, gravado por Amália, em 1991, no seu derradeiro álbum de originais: "Obsessão")
Pedro Homem de Mello foi isto. É isto.
Resta-me apenas recordar que, o Poeta, ao ouvir alguém na sua terra natal cantar o "Fria Claridade", acompanhando Amália pela rádio, declarou publicamente, sentir-se feliz e honrado por a sua poesia "ter finalmente, subido ao Povo. "
A Morte, essa terrível e inefável fronteira, não me parece assim tão tenebrosa quando penso na possibilidade de me juntar a essas tertúlias mil, na Eternidade da Alma...
Apetece-me cantar:
"... Ciganos verdes, ciganos
Deixai-me com esta crença
Os pecados têm vinte anos,
e o remorso tem oitenta."
Profeticamente ou não, Amália morreria aos 79 anos. Sem chegar aos oitenta. Sem " Remorso". Creio mesmo firmemente, sem quaisquer razões para o sentir.
Deixo-vos um vídeo para recordar a rainha do fado, dando voz a um poema desta personalidade.
Deixo-vos ainda o poema "Povo que Lavas no Rio", aqui interpretado pela TUIST, Tuna do Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa.
O "Santa Marta Digital" aproveita este espaço para congratular os jovens fundadores desta empresa, que é considerada mais um caso de sucesso a nivel nacional, nascido em Viana do Castelo. É ainda de louvar a atitude da C.M Viana do Castelo, por entregar este tipo de trabalhos a empresas Vianenses, ajudando-as a dar mais um passo na sua promoção e ascensão.
"HyperCube é uma empresa especializada na produção de conteúdos estereoscópicos 3D, ou seja, são filmes em que há necessidade de usar óculos (ou não) para sentir o efeito 3D. Presta serviços em todas as fases da produção de um filme 3D, desde o aluguer de recursos, produção própria, consultadoria, conversão 2D para 3D e auto-estereoscopia. (...)
A ideia surgiu de um jovem entusiasta do 3D – Marco Neiva - que desde que viu o seu primeiro filme 3D - Bewulf - nunca mais descansou até conseguir obter todos os conhecimentos necessários à produção deste tipo de conteúdos, desde então tem feito investigação na área, aproveitando para fazer tese com neste tema para o projecto final de curso - Computação Gráfica e Multimédia. Deste projecto saiu o primeiro filme produzido em Portugal em 3D “live action”, integralmente em alta-definição – Viagem às Maravilhas de Barcelos 3D, filme que está a ser usado por empresas de nível internacional para demonstração dos seus equipamentos, bem como demonstração das potencialidades da tecnologia. Com o objectivo de aprofundar os seus conhecimentos, Marco Neiva tem participado noutras produções 3D nacionais como consultor estereoscópico." - Ler mais em HyperCube Produções Estereoscópicas 3D
O Dia do Pai constitui uma homenagem aos pais de todo o mundo. Em Portugal, o Dia do Pai celebra-se a 19 de Março, dia dedicado a São José, pai de Jesus. A criação de um dia de homenagem aos pais terá acontecido nos Estados Unidos, quando Sonora Luise pretendia um dia especial para homenagear o seu pai, William Smart, um veterano da Guerra Civil que ficou viúvo quando sua esposa deu à luz o seu sexto filho.
Depois destes poemas dedicados ao dia do pai, veio-me á memória uma história que li ou ouvi, acerca de um casal que, querendo ir de férias descansado, sem preocupações, tomam uma decisão lamentável. Esta história, apesar de não relatar a vida de ninguém em particular, poderia muito bem ter acontecido à nossa beira.
Preparando-se para ir de férias, este casal tem tudo programado, mas na hora de sair, a esposa questiona o marido: “E o meu Pai? E o cãozinho?” O marido, após uns segundos de reflexão responde: “O cão deixamo-lo numa estrada longe de casa, e o teu Pai deixamos nas urgências do Hospital.” Assim fizeram, partindo para férias despreocupados.
No regresso, depararam-se com o cão morto na beira da estrada. Quando foram “levantar” o Pai ao hospital, ao ver as visitas que vinham buscar, deu-lhes uma fotografia sua, deitado na cama no corredor do hospital, dizendo-lhes: “Guardem esta fotografia…”, pergunta a filha: “Para que é Pai?” Ao que o pai responde, muito triste: “Guardem como recordação, porque não sabem como os vossos filhos vos vão tratar quando chegarem à minha idade.”
Nesse momento, a filha e o marido abraçam o Pai, chorando arrependidos e dizendo: “Nunca mais vamos abandonar nenhum animal, nem muito menos o nosso Pai. Aquele que me deu a vida e me ensinou a vivê-la com dignidade, que me iluminou os caminhos obscuros com afecto e dedicação para que os trilhasse sem medo e com esperança. Não basta dizer obrigado àquele que renunciou aos seus sonhos para que eu pudesse realizar os meus. Pela longa espera e compreensão durante longas viagens, não bastaria um muitíssimo obrigado.”
Palavras bonitas não valem nada se em vida não eras amado, ou eras talvez um estorvo, ou mais um velho chato ou rabugento que deixaste de ser útil no meio em que te inserias.
Dia 19 de Março é dia do Pai, não te envergonhes do Pai que tens, respeita-o como tal para mais tarde não te vires a arrepender, quando for tarde demais para que ele te escute.
Dia 19 de Março também é dia de São José, talvez por isso se deva realçar todo o significado da muito rica palavra “Pai”. A quem o tem, é meu desejo que o saiba estimar, e amar!
Quanto a mim, sei o que custa tê-lo perdido, restando-me apenas o sabor amargo de evocá-lo, pelo menos uma vez no ano.
Cuidar dos lavadouros públicos é um pequeno passo no respeito pelo legado que nos foi deixado em tempos difíceis, e os casos que vos exponho hoje vêm do lugar de Samonde, onde existem dois lavadouros públicos construídos por volta do ano de 1976 pelo executivo da Junta de Freguesia da altura, cujo presidente era o Sr. Luís Gonzaga.
O Santa Marta Digital aceitou o convite para, em deslocação ao lugar de Samonde, verificar as condições em que se encontram os lavadouros existentes naquele lugar. Nessa deslocação ficou evidente o total abandono por estes equipamentos, outrora essenciais para a população que os rodeava. Foi ainda possível verificar que as águas provenientes de um desses tanques são encaminhadas directamente para o caminho, dificultando ainda mais o percurso pelo acesso em terra batida que o serve.
Como uma imagem vale por mil palavras, deixo-vos aqui publicadas algumas fotografias dos lavadouros de Samonde, que mostram bem o esquecimento que lhes foi “dedicado”, assim como o desperdício desregrado das águas que abastecem estes tanques. Conclui-se ainda com esta deslocação que, no que concerne às águas e saneamento, o lugar de Samonde está a anos da qualidade de vida desejada por muitos, mas apregoadas por aqueles a quem nada falta.
Assim como ouvi de vários moradores de Samonde, tudo o que de bom foi alguma vez concretizado naquele lugar em relação ao aproveitamento de águas, transportes públicos, iluminação pública, a escola primária, o alargamento da estrada entre muitos outros trabalhos que serviram realmente os seus moradores, pode ser agradecido a antigo presidente da junta, Luís Gonzaga.
O Santa Marta Digital pretende ainda deixar aqui um alerta para que a digníssima junta de freguesia repare, pelo menos um dos tanques, que tem uma fuga de água, que debita um caudal considerável, e que só não causa maiores alagamentos dos caminhos porque, segundo moradores próximos, são as pessoas que o utilizam que vão tapando a fuga com terra. Pede-se ainda que dêem um pouco de dignidade ao caminho de acesso deste lavadouro, que mais parece um ribeiro, e até uma limpeza ao próprio ribeiro que o abastece.
Fotos de um dos tanques existentes em Samonde, em que é possível verificar o seu estado, bem como do ribeiro que o abastece e o caminho que o serve.
Fotos da Rua do Monte, também em Samonde, que parece um autêntico ribeiro.
Fotos de outro tanque existente em Samonde, o "Tanque do Povo", cujas águas são encaminhadas para um reservatório que se transformou numa autêntica armadilha, devido às decadas de abandono.
1487 - A rainha D. Leonor cria as Misericórdias, a primeira instituição pública de beneficência.
1518 - Edição, por expressas ordens da rainha D. Leonor, do livro "O espelho de Cristina", uma tradução adaptada do livro francês de Christina de Pisan "Le livre des trois vertus" (O livros das três virtudes.
1822 - Primeira Constituição Liberal. Tanto esta Constituição como as seguintes afirmam que a lei é igual para todos, sem referência especial às mulheres.
1857 - Nos Estados Unidos, no dia 8 de Março, em Nova Iorque, greve das operárias têxteis para obter a igualdade de salários e a redução das horas de trabalho, para 10 horas por dia. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
1867 - Primeiro Código Civil. Os direitos das mulheres tiveram progressos, nomeadamente no que diz respeito à situação de esposas e de mães e à administração de bens.
Abolição da pena de morte em Portugal.
1889 - Primeira mulher médica: Elisa Augusta da Conceição de Andrade - Faculdade de Medicina de Lisboa.
1890 - É autorizado o acesso das raparigas aos liceus públicos.
Lei do Divórcio: o divórcio é legal pela primeira vez. A lei não faz distinção entre os cônjuges no que respeita aos motivos de divórcio e aos seus direitos sobre as crianças.
1910 - Numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
Novas disposições legais estabelecem a igualdade mulheres-homens no casamento e filiação. O dever de submissão das esposas aos seus maridos é suprimido.
As consequências legais do adultério passam a ser iguais para as mulheres e os homens. O acesso ao trabalho na administração pública é autorizado às mulheres.
Primeira mulher a votar - Aproveitando-se da omissão legal sobre o sexo do chefe de família, Carolina Beatriz Ângelo - médica, viúva e mãe de duas crianças- faz prevalecer a sua condição de chefe de família para depositar o seu voto nas eleições para a Assembleia Constitucional. Em consequência, a lei foi modificada de forma a estabelecer claramente que só os homens podem exercer o direito de voto.
Primeira mulher nomeada para um cargo na Universidade, Carolina Michaelis de Vasconcelos (Filologia). É fundada a Associação de Propaganda Feminina.
A escola torna-se obrigatória para crianças (meninas e meninos) de 7 a 11 anos.
1912 - Carolina Michaelis de Vasconcelos e Maria Amália Vaz de Carvalho são eleitas por mérito para a Academia de Ciências de Lisboa.
1913 - Primeira mulher a possuir uma licença em direito: Regina Quintanilha.
1917 - É criada a "Cruzada de Mulheres Portuguesas" para apoiar a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial.
1918 - Um Decreto-Lei autoriza às mulheres o exercício da profissão de advogada.
1920 - É autorizado o acesso das raparigas aos liceus dos rapazes.
1924 - Primeiro Congresso Feminista.
1926 - Início do Estado Novo. As mulheres são autorizadas a ensinar em liceus masculinos.
1928 - Segundo Congresso Feminista.
1931 - O direito de voto é concedido às mulheres com um grau universitário ou com o secundário concluído. Os homens podiam votar desde que soubessem ler e escrever.
1933 - Nova Constituição da República consagra a igualdade dos cidadãos perante a lei, excepção feita às mulheres tendo em vista "as diferenças inerentes à natureza e também os interesses da família".
1935 - Pela primeira vez três mulheres têm assento na Assembleia Nacional.
1940 - Assinatura da Concordata entre Portugal e a Santa-Sé. Segundo as suas disposições, os cônjuges casados pela igreja católica jamais se poderão divorciar.
1946 - A lei eleitoral é modificada. Pelo contrário à lei precedente, suspensa em 1931, as restrições ao direito de voto das mulheres são diminuídas, mas mantem na mesma restrições.
1959 - As portuguesas casadas com estrangeiros podem manter a sua nacionalidade, caso queiram.
1967 - É elaborado um novo Código Civil. Continua a estabelecer que o marido é o chefe da família e que ele tem o poder de tomar as decisões relativas à vida marital e às crianças.
1968 - São acordados direitos políticos iguais para mulheres e homens independentemente dos laços matrimoniais, salvo para as mulheres o direito de votar nas eleições autárquicas. As desigualdades persistem.
1969 - O princípio "a trabalho igual, salário igual" é introduzido na legislação portuguesa.
1970 - Criação do "Grupo de Trabalho sobre a Participação das Mulheres na Vida Económica e Social", sob a presidência de Maria de Lourdes Pintassilgo.
1971 - Primeira mulher no governo: Maria Teresa Lobo, Subsecretária de Estado da Segurança Social.
1973 - A Comissão para a Política Social relativamente às Mulheres substitui e continua o Grupo de Trabalho acima mencionado.
1974 - Revolução do 25 de Abril. O regime autocrático é derrubado e substituído por um regime democrático. As mulheres podem aceder pela primeira vez à magistratura, ao serviço diplomático e a certas posições na administração local, que lhes estavam interditas. São abolidas todas as restrições ao direito ao voto.
Primeira mulher ministra: Maria da Lourdes Pintasilgo, Ministra dos Assuntos Sociais.
1975 - Primeiras eleições livres. O artigo 24 da Concordata é emendado: os casamentos católicos podem pedir o divórcio civil. A Comissão da Condição Feminina substitui a Comissão criada em 1973.
1976 - É aprovado uma licença de maternidade de 90 dias. Os serviços públicos de saúde colocam à disposição consultas de planeamento familiar. É adoptada uma nova Constituição, que consagra a igualdade de mulheres e homens em todos os domínios.
1977 - A Comissão da Condição Feminina fica ligada ao Gabinete do Primeiro Ministro e é dotada de um Conselho Consultivo onde as ONG's dos Direitos das Mulheres podem ter assento.
1978 - O Código Civil é revisto segundo a nova lei da família, os cônjuges gozam de direitos iguais. A dependência da esposa em relação ao marido é suprimida.
1979 - Um Decreto-Lei estabelece a igualdade mulheres/homens no emprego e no trabalho. É criada uma "Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego", ligada ao Ministério do Trabalho, para supervisionar a aplicação deste Decreto-Lei.
Primeira mulher nomeada Primeira-ministra: Maria de Lourdes Pintasilgo.
1980 - Primeira mulher nomeada Governadora Civil: Mariana Calhau Perdigão (Évora) Portugal ratifica a "Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação da Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres.
1981 - Nova lei sobre a nacionalidade. Prevê um tratamento igual para os dois sexos.
1983 - É revisto o Código Penal. São introduzidas modificações e inovações no que diz respeito à violência entre a mulher e marido ou sobre os menores, a falta de apoio financeiro às crianças nascidas fora do casamento ou filhas/os de anteriores uniões, ao abandono do parceiro ou de crianças em perigo moral.
A prostituição deixa de ser punida, mas os que a encorajem, facilitem ou explorem são punidos. O tráfico internacional da prostituição é também punido.
1984 - A Assembleia da República aprova três leis relativas à educação sexual e planeamento familiar (Lei 3/84), à protecção da maternidade e da paternidade (Lei 4/74), ao aborto (Lei 6/84).
1987 - A Lei do Serviço Militar é revista. Este é um dever universal. Contudo, "as cidadãs do sexo feminino" estão dispensadas deste dever salvo em regime de voluntariado a regulamentar posteriormente.
1991 - Criação da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, que substitui a Comissão da Condição Feminina.
1992 - O governo português denuncia a Convenção nº 89 da Organização Internacional do Trabalho e, em consequência, a jornada de trabalho nocturno deixa de ser proibida às mulheres, excepto durante a gravidez.
1995 - O Código Penal é novamente revisto. Paralelamente a outras medidas, o maltrato e o abuso de menores, de deficientes ou de esposas, o rapto e a exploração sexual são punidos com penas acrescidas.
A lei sobre a protecção da maternidade /paternidade é modificada e a licença de maternidade aumenta 8 dias: 98 dias.
1996 - É nomeada uma Alta Comissária para as Questões da Promoção da Igualdade e da Família.
1997 - É desenvolvido um "Plano Global para a Igualdade de Oportunidades Mulheres/Homens". São alargados os prazos em que o aborto, dentro de certas condições, é legal.
A Constituição da República é revista. As alterações mais importantes sobre os Direitos das Mulheres são o conceber a promoção da Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens como uma das tarefas fundamentais do Estado e a afirmação de que a igual participação política das mulheres e dos homens deve ser consumada.
2000 - Criação de uma Pasta Ministerial para a Igualdade e sua extinção em menos de um ano.
Dia 8 de Março por excelência dia Internacional da mulher.
Nos últimos 50 Anos as mulheres ganharam lugar de destaque no mundo, na arte e na educação, nas empresas, na direcção de grandes corporações e mesmo até de Países.
Mas estas mulheres que conseguiram o sucesso são muito poucas, em relação ao grande numero que são, ainda nos dias de hoje, vítimas de maus tratos.
Quem não se lembra quando não podia votar a mulher dona de casa, a mulher dona da pia de lavar roupa, dona da cozinha, dona do campo e dona de muitos filhos?
Hoje a mulher conquistou o direito a votar, mas perdeu o “direito” a ter uma família numerosa, continua a ser dona de casa, dona da pia de lavar roupa, dona da cozinha, dona do campo. Mas além de todas estas tarefas, hoje tem mais uma, a de trabalhar para colaborar com o seu companheiro nas contas.
Nos dias de hoje, uma mulher que constitui família, após ter o seu primeiro e muito desejado filho, tem, inevitavelmente, uma rotina que não lhe deixa muito tempo para si própria. O pequeno-almoço para a família, logo pela manhã, a preparação dos ingredientes para o jantar, a corrida para o autocarro em direcção ao emprego que, muitas vezes, representa pior serviço, pior ordenado e até, frequentemente, um tratamento discriminatório em relação aos colegas do sexo masculino.
No final do dia, corre para ir buscar o filho ao infantário e já em casa, sempre com um sorriso, outro emprego a espera com a lide da casa e com todas as preocupações inerentes a uma vida em família.
Mulheres, lutem pela liberdade, não deixem de ser amada. A quantas lhes foi retirada a liberdade? Tendo sido aprisionadas e conhecendo apenas uma realidade em que alguém as usa e faz sofrer.
Apenas podemos considerar Homem, aquele que aprendeu a respeitar as Mulheres.
O “santa Marta Digital” deseja a todas as mulheres do mundo, mas principalmente da nossa freguesia, que sejam libertadas do ódio, do mal e do abuso, que deixem de ser usadas como um objecto e que sejam apenas amadas.
Morador na rua António Pereira da Cunha, 5-A Santa Marta de Portuzelo, com 89 anos encontrando-se o seu corpo em sua casa. saindo para a Igreja paroquial pelas 18 horas com missa de corpo presente seguindo a sepultar no cemitério da freguezia.
Com 68 Anos de idade, moradora na rua das Bouças nº24-B, da nossa Freguesia.
O seu funeral realiza-se dia 7 de Março. Segunda-feira, pelas 16,30h saindo da Capela de Repouso. Para a Igreja paroquial com missa de corpo presente, seguindo para o Cemitério de Santa Marta de Portuzelo.
O “Santa Marta digital”deseja expressar as suas condolências a toda a sua família nesta hora difícil de luto e de dor.
Na assembleia de freguesia realizada em Abril de 2010, o executivo da junta de freguesia foi questionado pelo Sr. Luís Gonzaga acerca do despejo ilegal de entulhos de obras e outro tipo de resíduos por baixo do viaduto existente junto à Fonte Cova (A27).
Após essa assembleia desloquei-me ao referido local a fim de verificar a extensão dos despejos ilegais, deparando-me com vários amontoados de resíduos provenientes de obras e não só.
Na assembleia seguinte, a bancada do P.S. questionou novamente os membros do executivo acerca desta situação, uma vez que haviam sido já alertados para esta triste realidade.
Passado quase um ano, durante uma visita à obra de construção do pórtico de portagem virtual na A27, que se situará a escassos metros do viaduto onde antes encontramos os despejos de resíduos, deparei-me com uma situação ainda pior do que no ano anterior, com uma maior quantidade de resíduos. Perto deste mesmo local, deparei-me com uma linha de água totalmente coberta por vegetação, criando uma armadilha para quem percorre aqueles caminhos, além do prejuízo evidente para o ambiente.
Deparei-me ainda com um caminho que, se não estivesse pavimentado com calçada à portuguesa, seria levado a pensar que se trataria do leito de um qualquer ribeiro perdido, tal a quantidade de água que o cobria.
Aconselho a todos os Santamartenses uma visita a este local, para testemunharem a falta de respeito pelo ambiente que perdura há pelo menos um ano, altura em que foi inicialmente denunciado em assembleia de freguesia.
Apesar de alertados para esta situação mais do que uma vez, o poder (político) local nada fez para tentar corrigir um problema grave, mas de fácil solução, situação a que assisto com alguma dor, como amante da natureza que me considero.
De que vale denunciar este tipo de problemas e atentados ao ambiente, se aquilo que conseguimos é apenas ser apontados como “do contra”?
Peço ainda, encarecidamente, àqueles comentadores de bancada que estão sempre a apregoar a qualidade de vida em Santa Marta de Portuzelo, que tenham vergonha, que não mintam nem tenham medo de assumir a verdade, porque ao contrário destes, eu não levanto estas questões porque sou “do contra”, mas porque temo pelo futuro dos nossos filhos e netos e pelo exemplo que lhes estamos a dar. Vivemos numa época em que a consciência ambiental é, cada vez mais, um bem de primeira necessidade. Deixem os teclados dos computadores e vão dar uma volta pela freguesia, mas lembrem-se que a freguesia não é só o cruzeiro.
