segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Natal nunca foi para todos


Entramos no dia 24 de Dezembro, o que quer dizer, que hoje é a Ceia de Natal.
Quando alguém faz anos da nossa família, nesse dia o jantar é melhorado compra-se um bolo e cantam-se os parabéns ao aniversariante.
Hoje acontece igual festeja-se o nascimento do menino, por isso em todas as famílias o jantar de hoje é abundante, nada falta, não falta o bom bacalhau o bom vinho as boas rabanadas, enfim todas as gulosices deste dia, não faltando as prendas.
Também nesta época não faltam instituições de caridade a distribuir alimentos para os mais débeis da sociedade, para que neste dia nada lhes falte, e daí tiro o chapéu a muitos Portugueses voluntários.
Não faltam também os que têm pena deles e escrevem duas letras a respeito dos pobres e também dos velhinhos.
Não faltam também os que se servem deles, dos pobres na altura das eleições, meus amigos esses! Comem todos os dias como eu, e como qualquer um político ou Cristão, não é só no Natal nem na Páscoa, mas todos os dias do ano.
Sinceramente sinto-me mal, com este tipo de pessoas que se acomodam no seu sofá a lançarem palavras de coitadinhos, e nunca nada fizeram para minorar muitas situações.
Assim como também me sinto mal ver esses lamentadores, que nem nesses dias, que são apenas dois no ano, fazem nada, a não ser para tirarem dividendos.
Não falava nada neste dia, tinha prometido a mim mesmo nada dizer, mas as notícias entram pela porta dentro e vimos de tudo, desde suicídios divórcios, desde escolas a negarem alimentação às crianças, vesse mendigos nas ruas como nunca se viu.
Meu Deus e nós que estragamos tanto, e a nós que nada falta. Como conseguimos comer uma refeição que nos saiba bem? Eu não consigo, depois de ver que muitos Cidadãos nossos amigos ficaram sem emprego, e querem dar uma alimentação digna aos seus filhos, e não têm, eu pergunto que culpa têm estes casais, que culpa têm seus filhos?
Mas que País é este? Eu, nem ninguém sensível como eu não vou de certeza comer descansado, ao saber que lotamos por um País mais justo mais digno, e afinal foi uma utopia foi um sonho, o estado social não existe, esse estado passou a ser o Povo, o Povo tem que pagar mesmo que não possa, o Povo tem que ser solidário até ao último cêntimo.
São muitos os que criticam o papel da Igreja, no entanto os políticos empurram estes casos para as instituições, na maior parte delas ligadas á Igreja Católica.
Santamartenses estas situações têm que nos revoltar, não podemos ficar á espera do Estado para nada, temos que fazer alguma coisa. O quê? Não sei… pode ser que o novo ano nos dê algumas dicas. Mas enquanto ninguém dos poderes nada faz, vamos nós com as nossas poucas possibilidades não deixar que ninguém, principalmente um vizinho nosso passe mal.
Até lá vamos ser felizes, tenhamos todos uns Santo e feliz Natal e um próspero ano novo.
Joaquim Antunes.

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