Hoje apetece-me falar de uma freguesia do nosso Pais, freguesia pacata mas com muitas histórias, e esta é mais uma que quero contar.
Contam por aí que foi feita uma reunião na mesa de um café, para preparar uma assembleia dessa freguesia, e que para além dos intervenientes habituais, entrou ainda um conselheiro, para que nada faltasse no ataque ao pessoal da oposição.
Preparado o ataque feroz, começa a assembleia, ou melhor dizendo, o espectáculo: diz-se palavrões ameaça-se, intimida-se, acusa-se o discursador de não ser o autor do seu próprio discurso, enfim, vale tudo, tudo é motivo para que seja mais um espectáculo, passando, mais uma vez, os problemas da freguesia para segundo plano.
Dizem que não se revêem naquele tipo de política, e que ainda bem que esta oposição não fez parte no último mandato.
Houve uma assembleia em que participaram muitas pessoas. Na assembleia seguinte disseram que foram muitos Socialistas, e que até parecia um circo, certamente chamaram de palhaços aos presentes, no entanto a arte de palhaço é uma profissão digna, como a profissão de geólogo, professor de música, de trabalhos manuais ou outra qualquer.
Dizem ainda que se pudessem fechavam o cruzeiro. Mas que raio de Democracia é esta? Entendo que essa freguesia não é uma quinta de meia dúzia. A pensar dessa maneira, têm que ser fechados os cafés da aldeia, pois aí também se conversa, aí também se preparam os ataques, aí também se criam grupos.
Para ser completamente honesto, esta estratégia teve o seu início no dia das eleições autárquicas de 2009; medindo os passos apenas do candidato do P.S., para ver a distância a que ele tinha que estar. As ameaças começaram nesse dia, houve danças provocatórias durante toda a tarde, a noite foi de festa, e não me venham dizer que toda esta celebração era amor pela política ou por um determinado partido; este tipo de celebração selvagem continha algo mais, teriam estas pessoas algo mais a esconder? …
A esses que, não só nesse dia, mas também durante a campanha, fizeram tudo para ofender e denegrir a imagem do candidato, apelando à experiência do candidato do P.S.D., deixo uma pergunta: o que ganharam com tudo isso, teriam medo que o P.S. fizesse melhor? Ou tinham alguma coisa a esconder? Porque razão não fizeram o mesmo espectáculo nas Presidenciais?
Mas também se diz que a Câmara está falida, que fizeram e começaram obras sem dinheiro e sem protocolo, que mais parecem mendigos com chapéu a pedir esmolas na Câmara… Sobre este assunto, os fregueses dessa freguesia sabem perfeitamente que o maior parque escolar feito no concelho foi precisamente nessa freguesia, e sejamos francos, a nível de protocolos, projectos, dívidas e transparência, essa freguesia tem muito a dizer e a explicar.
Na intervenção do público, também são combinadas estratégias, diz-se mal dos próprios funcionários, usam-se artimanhas para justificar problemas no nosso cemitério, utiliza-se meios para dividir a oposição, dá-se os parabéns pela agenda cultural, quando se sabe que 90% desta agenda é da Câmara Municipal.
Para finalizar apetece-me dizer: tenho dúvidas sobre o que eu sinto em relação a esta situação, não sei se é nojo, se é enjoo ou se é desprezo…
Se é medo? Não: se dizes a verdade não tenhas medo, se respeitas, mas és maltratado, responde com inteligência.
Não, não é uma sardinha que compra a minha honra, não é um espectáculo que me seduz, não é uma festa ou uma entrada arranjada ou um ponto de luz que me faz mudar de ideias, troco tudo isso pela verdade…
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