Quero aqui neste espaço dizer que as festas da nossa freguesia foram, desde sempre, grande atracção de muitos forasteiros, vindos de longe para nos visitar. Como em Betânia a nossa Padroeira acolhia os visitantes, também os Santamartenses sempre fizeram questão de serem uns bons acolhedores na nossa freguesia.
A nossa Igreja está sempre muito bonita, mas nestes dias o brio e o orgulho de ser Santamartense falam mais alto, e então os festeiros fazem tudo para que nada falte; neste ponto, gostaria de enaltecer o trabalho das muitas pessoas da freguesia, que todos os anos, tanto agora como na Páscoa, se prontificam e dão muito do seu tempo para deixarem a nossa igreja ainda mais bonita e mais atraente. Todos os anos, perde-se a conta aos elogios tecidos acerca da decoração da igreja, pelo que gostaria de dar os parabéns a todas as pessoas por ela responsáveis, desde a limpeza até à ornamentação, para a qual escolhem sempre as mais belas flores e adereços. Não deixemos cair no esquecimento este grupo de Santamartenses, cujo papel na freguesia é tão importante, e, muitas vezes, tão subvalorizado…
Gostaria ainda de louvar todos aqueles que, nesta altura, dedicam muito do seu tempo ao peditório para as nossas festas; não pedem para eles, mas sim para que a nossa Romaria seja cada vez melhor e mais rica. Deveríamos ter o cuidado de não os obrigarmos a bater à porta mais que uma vez.
Falo também de todos os que, desde muito cedo, ajudam a preparar os carros, andores, trajes, bancadas e tudo o resto para os dias das festas. São muitos os anónimos que ajudam, não para ser vistos, mas sim por amor á Padroeira.
Desde que me conheço, acompanho as nossas festas, mais como espectador do que como colaborador, e sou, desde muito novo, um grande admirador e respeitador de todos os envolvidos nas festas. Acredito que na retaguarda estão centenas de pessoas a colaborar para que nada falte na nossa Romaria.
Não ficava de bem comigo se não falasse daqueles que, desde há muitos anos, estiveram sempre na linha da frente, sempre mais expostos á crítica positiva, e muitas vezes injustamente negativa. Digo injustamente porque quem está de fora nem se apercebe de todo o esforço tanto físico como mental, e muitas vezes monetário, prejudicando por vezes a sua vida profissional, e mesmo familiar. Tenho a certeza de que, se uma ou outra parte da festa corre menos bem, não é certamente por culpa dos elementos da comissão, que tudo fazem para que corra de maneira que agrade a todos.
Desde que me conheço, toda esta gente da linha da frente sempre fez da nossa romaria uma grande festa, sempre com sentido de responsabilidade, mostrando às autoridades civis e religiosas de Viana o melhor que a nossa freguesia tem para oferecer, acompanhados de dezenas de Santamartenses. Dá para ver a alegria, o orgulho e a fé que todos mostram nos olhos.
Quero dar os parabéns a todas as mulheres e homens de Santa Marta que deram sempre o seu melhor pela festa e pela freguesia, desde há muitas dezenas de anos a pensar o melhor para a terra, sempre com fé na nossa Padroeira. Muitos deles estão já falecidos, mas são relembrados e homenageados todos os anos, com missa e romagem ao cemitério com a colocação de um ramo de flores.
O ponto alto da Romaria é, sem dúvida, para centenas de devotos da nossa Padroeira, o Domingo, com missa e procissão em louvor a Santa Marta. Nota-se a dificuldade das dezenas de pessoas que transportam os andores, principalmente o da Padroeira, com pessoas descalças em grande sacrifício, mas entendo que a fé que os motiva fala mais alto, ajudando-os a ultrapassar todos os obstáculos.
Já no final do dia vamos ao folclore, apreciar os trajes e danças de várias terras do nosso País, e também alguns grupos estrangeiros; neste espectáculo, quantos como eu esperam até ao fim para ouvir o nosso grupo, para ver belos trajes, bonitas moças e moços engraçados…No final do espectáculo são convidadas, para dançar, pessoas de todas as idades, permitindo aos mais novos aprender e aos mais experientes ensinar passos e truques destas danças por vezes tão complexas.
Ouve-se de seguida os primeiros foguetes que assinalam o fim da festa, o fogo preso a dar a despedida com o seu barulho ensurdecedor que enche o ar, e as bandas de música despedem-se com excelentes sons tocados por homens e mulheres de todas as idades.
Não quero aqui esquecer o nosso grupo de Bombos, a Fanfarra, o Ciclismo e a escola de Folclore.
Também não quero esquecer o cortejo nocturno, visto por largas centenas de pessoas, o cortejo de sábado, visto por milhares, a festa da juventude… No geral, foi uma romaria de que todos os Santamartenses se devem orgulhar.
Quero aqui deixar uma pequena reflexão de uma das muitas leituras que eu, e certamente muitos Cristãos, gostamos de ouvir:
“Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. Betânia distava de Jerusalém cerca de três quilómetros. Muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho Deus, que havia de vir ao mundo.”
Deixo aqui um excerto do trabalho de um fotógrafo vianense, Gualberto Boa-Morte Galvão, que registou alguns momentos da nossa Romaria:
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