Num outro artigo há dias falei da separação do lixo, hoje quero falar de um outro problema que não é menor:
A Câmara Municipal de Viana do Castelo, através dos serviços municipalizados, tem vindo a colocar oleões na cidade, e em diversas freguesias do concelho; na nossa freguesia foram colocados dois, um junto à escola da Fonte Grossa e outro em frente à sede da junta de freguesia.
É muito difícil prever se ainda vamos a tempo de salvar o nosso planeta, no entanto devemos pensar nos nossos netos, pelo menos educa-los para esta triste realidade, quero crer que todos somos responsáveis por estes desastres que a natureza nos proporciona, muitas vezes sem nos avisar.
Uns por negligência, outros mesmo sabendo que estão a tratar mal os ecossistemas, fazem-no sem responsabilidade alguma, sem respeito pelos outros, também existem aqueles que fecham os olhos.
Sabia por exemplo que um litro de óleo pode poluir um milhão de litros de água?
Eu sei que é mais fácil deitar o óleo pela banca abaixo, do que ter o trabalho de o levar ao oleão, mas é um trabalho que compensa largamente o estrago que evita.
Se morar longe do oleão, deite o óleo numa garrafa de vidro ou de plástico e coloque-o junto do contentor. Outro conselho que deixo, é que seria também boa ideia utilizar cada vez menos os sacos de plástico.
Nos dias que correm, todos os estabelecimentos de restauração têm que ter um bidão para a recolha dos óleos, e penso que os estabelecimentos desta freguesia todos têm. Assim como espero e acredito que todas as oficinas de automóveis, e outras que utilizem este tipo de produtos, tenham aderido à recolha destes óleos queimados. Os peixes não merecem ingerir este produto que tão mal lhes faz.
Espero que não interpretem mal este meu pensamento, mas irei estar atento àqueles que prejudicam o futuro das próximas gerações, não é contra ninguém, mas sim a favor do nosso ecossistema.
Ainda podemos mudar de atitude educando os mais novos, mas será que, como adultos responsáveis, damos esse exemplo? Com certeza que não damos bons exemplos, e não os damos quando deitamos herbicidas junto dos rios, nos nossos loteamentos, nos nossos caminhos, ou quando deixamos lixo no chão, ou quando nos servimos dos espaços públicos, e de seguida deixamos os mesmos ao abandono.
Já agora por falar em garrafas no chão, há dias fui à Preguiça e vi garrafas de vidro, rolhas e outros lixos. Não entendo como é que a nossa junta de freguesia, responsável pela manutenção de todos os espaços, ainda não teve tempo para fazer a recolha do lixo num local que poderia ser um ponto de encontro e de lazer para os santamartenses. Se entretanto já foi limpo, agradeço essa recolha e apresento as minhas desculpas.
Todos sabemos que existem uns certos politicos que não dizem nada, mas também não gostam que se fale destas realidades. Certamente não por lhes negar a existência, mas talvez por julgarem politicamente incorrecta a denuncia de muitos casos e factos.
No entanto, que se fiquem na sua, pois eu e certamente muitos leitores deste blogue, bem gostariam de não ter razão para tais declarações.
Joaquim Antunes.