Quando as obras não possuem um estudo prévio ou um projecto bem pensado e elaborado por pessoas competentes, acontece o seguinte:
Em 2004, este local foi alvo de um arranjo. Foram retirados os coretos, sob um dos quais existia um acesso à mina de água que passa por baixo do Centro Cívico. Se houvesse o cuidado de preservar esta entrada, poder-se-ia aproveitar a água da mina para se fazer pontos de rega automática nas árvores e restante jardim, e para lavagem do próprio Centro Cívico, e, porque não, um chafariz na pequena rotunda, com a colocação do busto do Reitor Agostinho José de Brito ou do Doutor Sousa Gomes; e mais importante ainda, um fontanário com água própria para consumo.
E porque não a existência de um quiosque, a ser explorado por um Santamartense? Seria também uma boa oportunidade para se fazer, naquele local, um WC público, que poderia ser vigiado por quem estivesse responsável pelo quiosque. A respeito das obras efectuadas no Centro Cívico, há alguns aspectos que penso que são falhas graves e merecem ser levados em consideração:
1-As árvores foram mantidas, mas não houve o cuidado de se criar condições para que as suas raízes pudessem crescer; não chega cortar as raízes à superfície, é necessário alargar o espaço em que a árvore está inserida, tanto em largura como em profundidade, para que as raízes tenham outras direcções para onde crescer, e não danifiquem os passeios à sua volta.
2- Foi colocado o lajedo, mas não houve cuidado ao fazer as rampas para os deficientes motores de acordo com a lei; elas estão lá, é certo, mas não estão de acordo com o regulamento, pois deveriam ter a inclinação estabelecida por lei, e deveriam estar direccionadas para as passadeiras.
3- A manter os contentores do lixo no mesmo lugar, deveria ter havido o cuidado de se fazer contentores enterrados, pois estes, da maneira que estão, para além de ocuparem lugares de estacionamento, não dignificam em nada a imagem do nosso Centro Cívico.
4- Apesar de as obras terem apenas 6anos, começa já a notar-se um grande desgaste por todo o Centro: o piso encontra-se escorregadio em diversos sítios, algumas pedras levantaram, outras estão partidas (algumas pelas raízes, outras pelos próprios carros) e até o cubo está levantado em algumas zonas. A manutenção é imperativa, caso contrário, aquela que é considerada a zona central da nossa freguesia, vai-se degradando de dia para dia.
5- Aconselhava ainda a nossa junta a fazer manutenção no Pelourinho, pois notam-se algumas fissuras nos degraus, o que, se não for resolvido rapidamente, poderá significar o princípio do fim desta estrutura.
Tendo em conta as falhas aqui apresentadas, posso tirar uma conclusão: a pressa com que se executou esta obra a poucos meses das eleições foi notória, assim como é perfeitamente claro que esta se dirigiu principalmente a conseguir votos extra junto do eleitorado menos atento aos gastos dos dinheiros públicos, fruto dos impostos pagos por aqueles que, como eu, sabem o que a vida custa, e que acabam sempre por ter que cobrir todo o dinheiro que foi mal empregue por outros.
Aproveito para lembrar mais uma vês, que o sinal de STOP junto da farmácia não está no seu devido lugar.
Pensem nisto.
Joaquim P. Antunes.
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