sábado, 25 de maio de 2013

Rui fernandes

Hoje, nos escaparates, um jornal diário apresentava o seguinte título em letras garrafais: FALSO BRUXO DROGA E ABUSA DE JOVEM.
A maneira como a frase está redigida é interessante, por levantar várias questões.
Desde logo a afirmação daqueles que, muito ignorantes na matéria e presunçosos da sua erudição, pensam que “isto da bruxaria é tudo uma treta”.
Depois, porque, se, efectivamente, há “falsos bruxos" (os que fingem sê-lo e simulam uma actividade específica, para ganharem alguns proventos) também existem, em muito maior número, os "verdadeiros bruxos".
Finalmente, porque, havendo mesmo "verdadeiros bruxos", estes também são falsos nos meios e nos fins que atingem, pratiquem eles “magia branca” ou “magia negra”.
Quer dizer, não se tratando de uma intrujice ou simulação, os bruxos, que o são no verdadeiro termo da palavra, não só conseguem adivinhar factos passados e futuros de uma qualquer pessoa, como proporcionam fama, dinheiro, sexo e sucesso a imensa gente. Isso é comprovado pela florescente e progressiva actividade em qualquer país (especialmente “os mais avançados”!), com imensa clientela, entre a qual se contam figuras públicas ligadas à política, ao desporto, à música e a todas as artes, não faltando mesmo, na fila, “intelectuais de grande craveira”.
Ora, se o negócio está extraordinariamente ativo, não é necessário ser muito inteligente para compreender duas coisas:
1) a adivinhação e a manipulação de influências não são concedidas por Deus, que nunca “negoceia” com quem quer que seja, pois Ele já providencia tudo aquilo de que na realidade necessitamos, concedendo-nos acréscimos somente mediante a nossa oração, a humilde e fidelidade à sua vontade, desde que seja para edificação pessoal ou progresso dos outros;
2) Estando Deus fora deste “negócio”, é evidente que, pelo modo extraordinário e fenomenal como os factos acontecem, tanto para favorecer, como para prejudicar deliberadamente alguém (neste caso, quando um bruxo ou um mago é pago para atrair males e infelicidade sobre uma pessoa ou uma instituição), a origem das “benesses” ou dos “malefícios” é sempre diabólica.
Lembre-se que, quando Moisés foi ordenar ao Faraó que libertasse o povo de Israel, os próprios magos do soberbo chefe egípcio operaram diante dele toda uma série de prodígios (fazendo aparecer, inexplicavelmente, serpentes, fogo e outras coisas), para impressionar e intimidar o próprio enviado de Deus. Só que, com o poder do Senhor, Moisés realizava prodígios ainda maiores e anulava literalmente aquilo que os magos operavam.

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