São tantas as perguntas feitas.
De onde vens? O que foi feito de ti durante este tempo todo? Que caminhos percorreste, ó meu rapaz que tanto te procurei, por ruas e vielas, por caminhos e por atalhos, por avenidas e por Cidades, por aldeias e por vilas.
O que fizeste durante este tempo todo? Pois é meu amigo andei por aí vagueando por caminhos desertos, muito padeci chorei, com as lágrimas lavava o meu rosto, o rosto que sentia falta de algum carinho, de um beijo de quem eu deixei.
Por aí andei sem nunca parar, deixei tudo deixei terra deixei família deixei amigos, ajudei a enriquecer o meu País, ajudei para que nada faltasse aqueles que por cá deixei, dei uma vida melhor a eles dei um futuro.
Ajudei a minha empresa, ajudei a minha aldeia, ajudei para construção de uma cresce de uma nova escola, fui um Cidadão ativo na vida social, na comunidade nas festas da minha aldeia.
Chegou o fim da minha carreira, com todo o direito a gozar os meus últimos dias da minha vida, chegou a minha reforma.
O que me resta, depois de tantos sacrifícios? Nada, nada a minha reforma desceu os ordenados dos meus Cidadãos desceu, a minha escola fechou, assim como o meu centro de saúde os meus correios os direitos de todos os trabalhadores.
De que valeu eu me esforçar tanto? O que me valeu tudo isto, agora depois de velho tenho que ser Pai avô ser devedor, isto porque com a minha idade, com o que eu fiz merecia paz e sossego merecia carinho.
Tudo isto que eu disse, foi praticamente o que milhares de Portugueses fizeram.
E hoje digamos todos valeu a pena?
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