sábado, 18 de junho de 2011

Paradoxo.

Fui andando
sempre andando
percorri ruas sem fim e lugares sem nome
e ao começo voltei.
Prouvera a Deus que te visse
com olhos de ver
antes de te amar,
o que não aconteceu porém:
ambos culpados fomos
ou nenhum de nós talvez.
Tentando regressar ao passado
caminhamos juntos lado a lado
mas nem nos olhamos sequer.
O destino nos separa cada vez mais
e eu te ouço chamar baixinho e soluçar:
esquece-me!
eu fingirei ignorar o que ambos sentimos  
quando pela primeira vez nos vimos.
Soluço agora também, não ouves?
Procuro-te mas logo me afasto:
tão perto e tão longe estamos,
que afinal,
podemos quase afirmar
que não nos amamos!
                                                      Maria João Barros.

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