sábado, 31 de dezembro de 2011

Deputados de férias

Deputados cansados.
Criticam tanto a Presidente da Assembleia da Republica, em dar onze dias aos nossos Deputados de férias,diz que não tiveram descanso em Agosto eu até acho muito bem, então vejam só o esforço que fizeram até hoje, desde que tomaram posse, quantos cortes na despesa pública, quantos cortes nos vencimentos e reformas douradas, quantos cortes nos lucros dos bancos, que ainda á muito pouco tempo se dizia que os bancos tinham quatro Milhões de Euros por dia, não é por ano.
Onde está a coerência dos deputados? Está no partido muitos dos que estão ao lado deste governo ainda á pouco tempo diziam que eram contra os paraísos fiscais, defendiam a transparência dos dinheiros públicos, não aceitavam aumentos de nenhum imposto, não haveria cortes de nenhum dos subsídios,
  Hoje além de defenderem tudo isto, defendem os aumentos na saúde, cortes no ensino, só na saúde o governo prevê encaixar 200 milhões de Euros, isto meus amigos, é mais um convite a morrer, porque a saúde está cara, assim como os jovens foram convidados a imigrar, nós vamos ser convidados a morrer, antes da reforma.
Eu pergunto onde está o incentivo às pequenas e médias empresas, quantas dessas fecharam sem que nenhum destes políticos tenha feito alguma coisa, quantos milhares destas empresas, empregavam o casal mais 2 ou 3 funcionários, pois foram estas pequenas e medias empresas que sempre pagaram os seus impostos no seu Concelho, esses impostos não iam para Paraísos fiscais.
Em sentido contrário são ajudadas grandes empresas, multi nacionais e mesmo grandes empresas Portuguesas, que o dinheiro vai não sei para onde.
As grandes empresas estrangeiras, enquanto isto cá dava, souberam explorar os nossos trabalhadores, deixou de dar, fugiram.  
A EDP, empresa que segundo dizem dá muito lucro, foi vendida para a CHINA.
Para finalizar, este governo vai acabar com os centros Novas oportunidades, em contra partida vai criar uma escola para aprender o CHINÊS.
Agora, não acham que os nossos Deputados são escravizados trabalham muitas horas coitados.
Um bom ano para todos.


sábado, 24 de dezembro de 2011

Votos de um feliz Natal

Para todos os leitores deste blogue deixo os meus sinceros votos de um Santo e feliz Natal. Não vou falar dos velhinhos nem dos pobres, pois nestes dias são muito lembrados em vários jornais do país,
Faço votos para que todos se deixem influenciar por esta época Natalícia, não no campo material e consumista,  mas no campo sentimental, e possam olhar para o mundo de uma forma mais terna e misericordiosa. Que todos os corações possam bater ao compasso do amor. Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde e felicidade.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Maria da C. Fernandes Carvalhosa

FALECEU
Maria da Conceição Fernandes Carvalhosa com 70 anos de idade natural de Santa Marta de Portuzelo, residente na Travessa do senhor da Boa morte Nº 9 . O seu funeral realizou-se este Domingo  dia 18/12/2011 pelas 8:45 horas, saindo da capela de São Lázaro onde o seu corpo se encontrava  depositado, para a Igreja paroquial com missa de corpo presente.
O "santa Marta Digital" deseja nesta hora de dor e luto os mais sinceros sentimentos a toda a sua família.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Párocos da freguesia de Santa Marta de Portuzelo

Dia oito de Dezembro é o dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, celebração litúrgica que remonta ao século XVII.
Nossa senhora da Conceição foi considerada Padroeira de Portugal a partir do Reinado de D. João IV, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, a 25 de Março de 1646. Tendo sido ainda o Papa Pio VI, em 25 de Março de 1936, que confirmou o seu título de Padroeira de Portugal.
Quero deixar neste espaço alguma informação respeitante a todos os Párocos que passaram pela nossa Paróquia, alguns nascidos em Santa Marta de Portuzelo. Agradecemos desde já à Igreja Paroquial de Santa Marta de Portuzelo, pela informação prestada e também pela reflexão que aqui transcrevemos.
Aproveito para lembrar que no próximo domingo dia 11 de Dezembro, na Igreja Paroquial de Santa Marta de Portuzelo, vai realizar-se um concerto musical a partir das 15h, protagonizado pelo grupo coral orientado pelo seminarista Ricardo Oliveira. Ficam desde já todos convidados a presenciar este momento.
OS PÁROCOS DE SANTA MARTA DE PORTUZELO
As famílias cristãs da freguesia de Santa Marta de Portuzelo, tanto no passado como nos últimos anos, deram à Igreja vários sacerdotes.
Os mais velhos ainda recordam e falam dos saudosos padres José Joaquim Soares Borlido, pároco de Santa Marta de Portuzelo de Outubro de 1905 até fins de 1929, sucedendo-lhe a partir de Janeiro de 1930 até Agosto de 1932, o Padre Domingos Parente da Costa Soares. De Setembro de 1932 a Janeiro de 1933, assina os livros como pároco o sacerdote Manuel Gonçalves Borlido. A partir de fins de Janeiro desse mesmo ano até fins de Junho de 1937, o Padre Manuel Fernandes Lopes aparece como pároco de Santa Marta. Nesse mesmo mês, começa o seu trabalho pastoral nesta freguesia o Padre António Joaquim Gonçalves da Torre, sendo substituído dois meses depois, em Setembro desse ano de 1937, pelo saudoso Padre Agostinho José Luís de Brito que esteve à frente dos destinos pastorais desta comunidade até aos primeiros dias de Janeiro de 1976,  isto é 39 anos e  5 meses depois da tomada de posse, quando foi nomeado pároco o Padre Antonino Eugénio Fernandes Dias. Em Setembro de 1983, o Padre Adelino Fernandes de Sousa substitui o então pároco, nomeado nessa data Reitor do Seminário diocesano de Viana do Castelo (Seminário de São Teotónio, em Monção) e actualmente bispo de Portalegre-Castelo Branco. O Padre Adelino ficou até Setembro de 1990, ocasião em que o então bispo de Viana do castelo, Dom Armindo Lopes Coelho nomeou pároco o Padre Valdemiro Barreiros Domingues que tomou posse a 21 de Outubro desse mesmo ano e ainda continua à frente dos destinos pastorais da comunidade paroquial.
Resumindo, nos últimos 100 anos foram os seguintes, os Párocos de Santa Marta de Portuzelo:
1º) Padre Joaquim Soares Borlido: Outubro de 1905 a Dezembro de 1929 (24 anos e 2 meses);
2º) Padre Domingos Parente da Costa Soares: Janeiro de 1930 a Agosto de 1932 (2 anos e 8 meses);
3º) Padre Manuel Gonçalves Borlido: Setembro de 1932 a Janeiro de 1933 (5 meses);
4º) Padre Manuel Fernandes Lopes: Janeiro de 1933 a Junho de 1937 (4 anos e meio);
5º) Padre António Joaquim Gonçalves da Torre: Junho de 1937 a Setembro do mesmo ano (3 a 4 meses);
6º) Padre Agostinho José Luís de Brito: Setembro de 1937 a Janeiro de 1976 (39 anos e 5 meses);
7º) Padre Antonino Eugénio Fernandes Dias: Janeiro de 1976 a Agosto de 1983 (7 anos e 8 meses);
8º) Padre Adelino Fernandes de Sousa: Setembro de 1983 a Setembro de 1990 (7 anos);
9º) Padre Valdemiro Barreiros Domingues: Outubro de 1990  a ...

Por aqui passaram ainda, na segunda metade do século XX, alguns “Vigários Coadjutores” a quem muitos dos vivos devem a formação cristã. Foram eles que lhes administraram alguns sacramentos e lhes deram a catequese. No tempo do Padre Agostinho de Brito colaboraram com ele os sobrinhos Agostinho Amoedo e José Luís Alves, bem como os jovens sacerdotes Manuel Artur da Cunha Pereira e José Rodrigues Afonso.

De Santa Marta de Portuzelo, neste período, também saíram vários sacerdotes, dos quais ainda há 10 vivos a trabalhar em diversas paróquias da diocese e mesmo fora de Portugal.
Este ano temos a alegria de comemorar os 60 anos de ordenação sacerdotal de dois filhos desta terra: Padre Manuel Moreira Gonçalves de Carvalho e  Padre José de Jesus Soares Ribeiro. O primeiro nasceu a 1 de Setembro de 1922, filho de Domingos João Moreira de Carvalho e de Maria Rosalina de Carvalho, residentes no lugar de Portuzelo, tendo sido baptizado aos 8 dias do mesmo mês de Setembro. A ordenação sacerdotal foi-lhe conferida a 7 de Julho de 1946. Durante mais de 59 anos foi pároco de Seixas (Caminha) e também de Vilar de Mouros. Actualmente reside na Casa Sacerdotal, em Darque.

O Padre José Ribeiro nasceu a 14 de Abril de 1921, filho de José Afonso Ribeiro Júnior e de Ana Parente da Costa Soares, residentes no lugar de Santa Martinha, desta freguesia de Santa Marta de Portuzelo, tendo sido baptizado aos 23 de Abril do referido ano. Pároco de Barroselas há mais de 25 anos, onde continua a viver e a trabalhar, passou antes por Ganfei (Valença), Mazarefes e África. Foi ordenado sacerdote a 21 de Julho de 1946.
As missas novas destes dois sacerdotes foram a 29 de Julho do referido ano de 1946, na igreja paroquial de Santa Marta de Portuzelo, onde ambos tinham sido baptizados.

Este ano de 2006, além de comemorarmos os 60 anos de sacerdócio dos dois já referidos ilustres filhos desta freguesia, também celebramos as Bodas de Ouro sacerdotais do Padre José Fernandes Moreno do Couto, nascido a 9 de Junho de 1932, baptizado a 19 do mesmo mês e ordenado presbítero aos 8 de Julho de 1956.A sua “Missa Nova” foi celebrada na igreja paroquial da sua terra: Santa Marta de Portuzelo, no dia litúrgico da padroeira a 29 de julho de 1956. Filho de António Joaquim Fernandes Moreno do Couto e de Marta das Dores Fernandes de Mesquita Paredes, residentes no lugar da Fonte Grossa, o Padre Moreno começou o seu trabalho pastoral na freguesia do Lindoso (Ponte da Barca) onde esteve..... anos. De lá transitou para São Romão do Neiva (Viana do Castelo) a..... de 19...., onde continua a sua missão sacerdotal. Durante vários anos exerceu a missão de Arcipreste de Viana do Castelo (..... ...) e membro do Conselho Presbiteral. Ultimamente também foi nomeado, pelo Bispo Diocesano Dom José Augusto Pedreira, director da recém inaugurada Casa Sacerdotal, junto ao Centro Pastoral Paulo VI, em Darque.
Temos ainda mais alguns sacerdotes espalhados pela Diocese e nascidos de famílias residentes em Santa Marta de Portuzelo, a saber:

o   Padre José de Oliveira Rodrigues Freire, nascido aos 22 de Maio de 1928 e ordenado sacerdote a 15 de Agosto de 1953. É pároco de Venade, Argela e Azevedo (Caminha).
o   Padre José Borlido de Carvalho Arieiro, nascido a 26 de Junho de 1931 e ordenado sacerdote a 15 Agosto de 1954. É pároco de Guilhadezes, Souto e Tabaçô (arcos de Valdevez).
o   Padre Manuel Parente Pereira, nascido a 27 de Outubro de 1946 e ordenado sacerdote aos 15 de Agosto de 1969. Além de trabalhar na redacção do jornal “Notícias de Viana” é pároco de Mazarefes (Viana do Castelo).
o   Padre José Luís Esteves do Couto, nascido a 4 de Maio de 1952 foi ordenado sacerdote a 23 de Julho de 1978. Actualmente é professor de Educação Moral e Religiosa Católica e pároco de Vila Franca do Lima (Viana do Castelo).
o   Padre José Domingos de Oliveira Gomes, nascido a 23 de Agosto de 1973 e ordenado sacerdote a 26 de Julho de 1998. É pároco de Lanhelas, Vilar de Mouros e Seixas (Caminha).
o   Padre Eduardo Jorge Martins Parente, nascido a 7 de Dezembro de 1974 e ordenado a 31 de Janeiro de 1999, na nossa igreja paroquial de Santa Marta de Portuzelo. É pároco de Crasto, Boivães, Grovelas e Ruivos (Ponte da Barca).
o   Padre José Gonzalvez Araújo, nascido a 21 de Fevereiro de 1974 e ordenado sacerdote a 21 de Dezembro de 1957, na congregação dos Carmelitas. Actualmente pertence ao clero secular e é pároco em Cádiz (Espanha). Com ligações fortes à nossa paróquia de Santa Marta de Portuzelo temos Monsenhor Sérgio Augusto Gonçalves Pereira, nascido a 2 de Junho de 1931, em Barbeita (Monção) e ordenado sacerdote a 22 de Dezembro de 1956. Este ano celebra também as Bodas de Ouro sacerdotais. Além de ter trabalhado nos primórdios do Colégio do Minho, na direcção do “Notícias de Viana” e da construção do Seminário Diocesano, foi capelão do exército e da Marinha, passando vários anos em missões por África e outros Continentes. Nos últimos anos colabora com o pároco de Santa Marta em todos os trabalhos pastorais.

Além destes sacerdotes ligados à freguesia ou com origem em famílias de Santa Marta de Portuzelo, para o futuro próximo contamos com mais um seminarista que se encontra neste momento a estagiar na Freguesia da Meadela.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Como é possivel

Como é possível:
Sócrates, ministérios com carros de luxo, secretários de estado em abundância, vencimentos altos, freeport, canudo de engenharia duvidoso, enfim e um sem número de coisas que foram ditas.
Não ponho o pescoço por ninguém, nem sou testemunha de ninguém, começo a não acreditar em ninguém, e certamente as abstenções advêm daí.
Mas afinal os carros topo de gama ou de luxo continuam, porque segundo diz este governo é um contrato do outro governo. Se fosse eu, uma vêz ter dito na campanha eleitoral que ia cortar nas mordomias, por uma questão de respeito pelo eleitorado e ética, cessava com esses contratos e não me desculpava com ninguém.
No entanto o povo já se habituou a ouvir desculpas passadas a anteriores governos, mas neste caso do passa culpas, também nas autarquias acontece o mesmo, por exemplo também se diz nas freguesias que problemas de funcionários e problemas com moradores já vem do outro executivo, que foram problemas herdados.
Gostava que todos fizessem um esforço de memória, e me digam que o Cavaco foi um dos maiores responsáveis pelo que se está a passar no nosso país, com as pescas, as grandes empresas, a agricultura, enfim, e um sem número de decisões que foram a contento da Alemanha da França e outras.
Nos BPN's quem estava na retaguarda? Sempre os mesmos! quantos milhões saíram deste banco? Quem estava metido nesse banco, todos sabemos quem era e quantos eram, agora vão pedir uma saída para a banca, reclama-se uma reestruturação para a banca. Quem vai pagar, e quem tem culpa se eu gerir mal a minha empresa, é o contribuinte? Pois na banca deveria ser da mesma forma, ela é que tinha que se reestruturar.
Agora vejam quantos foram chamados á justiça, e sempre aqueles que não querem entregar o taxo a mais ninguém. Vejam quantos tachos têm muitos autarcas à custa da política, quantos amigos e familiares.
Este governo criou o livro verde para as juntas de freguesia, cortes cegos são aniquiladas todos os direitos dos cidadãos, direitos adquiridos ao longo de dezenas de anos, como é possível querer mexer num assunto destes sem que o povo seja consultado. Entendo que o estado em nada vai ser beneficiado com esta medida, a não ser atacar os presidentes de junta que sempre estiveram ao lado dos seus fregueses, sempre pelo melhor.
Vou falar um pouco dos que se perfilam para as próximas eleições. Oferecem-se para tudo entregam-se de corpo e alma, também dizem que estão prontos para fazerem o que as pessoas entenderem, estão sempre na linha da frente.
Quando se está com fome do poder, nunca dá em bom resultado
Como diz o ditado, nunca te ofereças mas sim espera que te convidem.
J. P. Antunes

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jantar Convivio 18-11-2011

Para uma melhor informação a todos os Santamartenses, divulgo neste espaço o último Jantar Convívio, promovido pelo Partido Socialista, no dia 18/11/2011, deixo algumas fotos do jantar, e deixo também o meu discurso. Fica também uma palavra do senhor Vereador do Urbanismo da câmara Municipal.
O senhor Vereador do Urbanismo, o Arquitecto Luís Nobre, agradeceu o convite que lhe foi feito, e transmitiu ainda uma palavra de optimismo e confiança.
Alertou para um corte significativo das verbas atribuídas à Câmara Municipal, e que as próximas obras têm que ser as mais prioritárias. Disse também que as oposições em democracia são tão importantes como quem governa, e que a oposição com respeito democrático deve estar atenta a quem governa, e sempre que possa e entenda deve acompanhar as preocupações dos seus munícipes.
No fim deu a todos os presentes, e em geral a todos os Santamartenses, uma saudação Natalícia, desejando para o ano de 2012 que este grupo, muito perto da centena, se mantenha vivo e cada vez mais unido; apelou também ao voluntariado, dizendo que, não só nestes tempos, mas durante todo o ano, devemos dar mais atenção aos mais necessitados.
Deixo ainda o meu discurso, que, na altura em que estamos, achei necessário para reforçar a posição dos membros do Partido Solialista na assembleia de freguesia.
"Muito boa noite, quero dar as boas vindas e agradecer ao Senhor Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Viana do Castelo o ter aceite o convite para o nosso 2º jantar convívio.
Quero agradecer também aos senhores: Augusto Soares, Presidente da junta de Serreleis; Professor Albano Rocha, Presidente da Associação Cultural e Desportiva de Santa Marta de Portuzelo; Luís Gonzaga primeiro Presidente de junta desta freguesia pós 25 de Abril; António Camelo membro da Assembleia de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo; e ao nosso mandatário Doutor José Araújo.
Quero deixar aqui um especial agradecimento a todos os Santamartenses aqui presentes, espero que no fim deste jantar, digam que valeu a pena este convívio.
Para ajudar a passar uma noite agradável, contamos com o bom serviço do Zé Vianinha, e para quem gosta de música ambiente, temos o nosso convidado Anésio que nos vai certamente proporcionar uma noite agradável com o seu saxofone, e vai convidar-nos também para um pezinho de dança.
Como disse nos editais, a ideia deste jantar é de convívio, mas também uma informação do nosso trabalho na Assembleia de freguesia.
Feitas as apresentações, vou passar à segunda parte do meu discurso.
Como todos sabem, estamos mais ou menos a meio do mandato 2009/2013, e entendo que me sinto no direito, e porque não na obrigação, de divulgar o nosso trabalho nestes dois anos na Assembleia de Freguesia.
Como calculam, o nosso papel na Assembleia de freguesia é apenas de fiscalizadores do trabalho do executivo, respeitamos e exigimos respeito pela coisa pública, e estamos sempre ao lado de todos os Santamartenses.
Entendo que pelo facto de não termos ganho as eleições, não deitamos a toalha ao chão nem esquecemos todos aqueles que estiveram sempre ao nosso lado na campanha eleitoral, como também não esqueço todos aqueles que nos acompanham nas Assembleias de Freguesia.
Gostaria de agradecer também a todos aqueles anónimos, que de uma maneira amiga me têm dado coragem e forças, e sabem retribuir o carinho e respeito que tenho por todos, todos sabem que pouco ou nada posso fazer, mas sabem que nas Assembleias de Freguesia colocamos sempre o interesse da Freguesia acima de tudo.
Para mim a política só faz sentido assim, no poder ou na oposição nunca devemos esquecer ninguém, muito menos aquelas e aqueles que nunca nos abandonaram nas horas mais difíceis; o meu telemóvel não esteve ligado apenas na campanha eleitoral, está sempre ligado.
Quanto ao Partido, também estou atento, ouço todos os militantes e simpatizantes, procuro obter as suas opiniões, e mesmo que nada possa fazer, nunca lhes virei as costas.
Posso dizer que, mesmo não tendo ganho as eleições, não dou o tempo como perdido quando ouço uma queixa ou mesmo uma crítica, e entendo que todos merecem muito respeito. A prova está aqui à vista, este grupo de amigos fala por si.
Como é do conhecimento de muitos de vós, o nosso papel na Assembleia de Freguesia tem sido de respeito, de transparência, de rigor e de exigência em relação a todos os sectores da freguesia. Temos vindo a deparar-nos com vários problemas por resolver, mas estamos convictos que a seu tempo irão ser todos resolvidos.
Quero dizer o seguinte: a nossa freguesia nunca teve um plano a nível de obras, não existem nem nunca existiram projectos para as poucas obras que foram feitas na freguesia. Tomem como exemplo o nosso centro cívico, vejam como foram feitas as rampas para deficientes motores, e ainda a falta grave de um ponto de água, para além de que eliminaram a caixa de visitas da mina, e vejam ainda o estado do granito e do cubo, uns partidos, outros levantados...
Outra obra a salientar é a da Rua das Laranjeiras: quanto não foi gasto naquela rua por não haver projecto? Na Travessa das Mansas deitaram duas camadas, a primeira foi com as chuvas, a segunda foi feita para durar alguns anos; ainda muito recente é a obra da Rua do Monte, em Samonde, quanto não foi gasto naquela rua para colocar o material? vieram as primeiras chuvas e o mesmo material foi todo, prejudicando com isso alguns particulares.
Estamos a falar duma freguesia que tem à sua frente pessoas com bastante formação académica e técnica. A nível de máquinas, devemos ser a freguesia mais pobre do concelho, não temos uma carrinha para apoio à freguesia, não temos um estaleiro para materiais nem para guardar as máquinas, temos o nosso ribeiro desde Samonde até Portuzelo completamente abandonado, temos o nosso parque de merendas da Preguiça nas piores condições, desde o acesso às mesas e ao próprio recinto.
Do nosso cemitério nem quero dizer nada, pois o seu estado é de todos conhecido.
A nível de pessoal, há muitos problemas por resolver, não existe um inventário da freguesia, onde constem todos os bens móveis e imóveis da freguesia, não existe um regulamento de taxas, não existe regulamento do cemitério, nem um código de postura. Meus amigos, as águas de nascente da freguesia estão completamente perdidas e abandonadas, queriam tirar os fontanários como tiraram as rodas que existiam na freguesia. Para não falar do loteamento da Boa Vista, que está completamente abandonado, principalmente a nível de caminhos, que todos sabem como estão.
Enfim, muito mais podia dizer, mas apesar de todos estes e outros assuntos terem sido por nós debatidos nas assembleias, verificamos que até hoje nada foi resolvido.
Cheguei a uma conclusão, para ganhar eleições tem que se mentir, e eu não soube nem iria mentir aos Santamartenses, não ia dizer por exemplo que ia fazer um lar para idosos, quando sabia que não conseguia; afinal vejam quem transporta os nossos idosos e quem tem algum cuidado e respeito por eles. 
Posso confessar-vos uma coisa, tenho sido ameaçado, recebo cartas anónimas, fui chamado à Segurança Social, à G.N.R., e até a um advogado. Enfim, ainda estamos a meio do mandato, mas infelizmente foi preciso vir para a Política para ser incomodado, e tudo isto porque apenas quero saber a verdade.
Sinto que o nosso trabalho não é visível, nem muito menos reconhecido ou respeitado por alguns, mas tenho a plena consciência de que estamos no bom caminho. Considero que estamos a cumprir com as nossas promessas eleitorais. Posso garantir-vos que vou continuar com as mesmas ideias, por respeito a todos os Santamartenses.
Para finalizar esta minha segunda parte, quero dizer-vos que, além de estarmos na Assembleia de Freguesia, estamos também a fazer um trabalho de campo com a população, para o novo programa eleitoral, para que o futuro candidato do Partido Socialista se apresente ao eleitorado com propostas definidas.
Quero aproveitar também este momento para agradecer ao senhor Vereador da Câmara Municipal, o facto de ter resolvido o saneamento a pedido dos moradores do loteamento do Moreno, loteamento da Romé, na Boa Vista, e uns casos pontuais em Samonde.
Quero também aproveitar a vinda do Vereador da câmara para lhe dizer que ainda falta resolver muitos problemas a nível de saneamento e água a muitas famílias de Santa Marta. Não sou eu quem pede mas sim muitas famílias desta terra, isto senhor Vereador não são obras de encher o olho nem de dar votos, mas são essenciais para uma boa qualidade de vida.
Li há dias na comunicação social que a Câmara vai em breve arrancar com as obras na Rua da Linha do Vale do Lima, não sei se é em toda a sua extensão, mas se for o caso, quero deixar o alerta de que esta rua tem vários problemas, como sendo a gestão das águas pluviais, a falta de água da companhia em algumas partes dessa artéria, alertar também para o facto de que existem algumas moradias com a saída directamente para a rua, havendo talvez a necessidade de ser feito um passeio. Não se pede nenhuma pista mas sim, a resolução de uma estrada com muitos problemas que têm que ser bem estudados. Pode perfeitamente ser uma alternativa à estrada nacional.
Tive também conhecimento de que a Câmara vai em breve começar as obras na Casa do Povo, estas obras que já há muito tempo foram reivindicadas ou pedidas á Câmara Municipal pelo Presidente da Associação Cultural e Recreativa de Santa Marta de Portuzelo, senhor Albano Rocha. Entendo que são muito bem-vindas, pois será certamente uma mais-valia para a freguesia.
Quero deixar neste momento o meu agradecimento ao Albano Rocha, por elevar a nossa Associação ao patamar que chegou, temos como exemplo o "Viana à Noite" e as várias secções ligadas a esta associação. Pessoalmente, como pertenço ao concelho fiscal, quero deixar também uma palavra de apreço pela maneira como apresenta as contas, pois antes da apresentação das mesmas, preocupa-se em mostrar-nos todos os documentos em papel.
Quero fazer um agradecimento público ao nosso amigo Luís Gonzaga, pelo facto de ter sido o primeiro autarca pós 25 de Abril, e dizer também que o Luís fez muitas obras, que perduram e estão sempre actualizadas; entendo que a freguesia deve muito a este Homem.
Quero também agradecer ao nosso querido amigo Gustinho Mendes pelo interesse que tem demonstrado pelo nosso folclore.
Quero deixar também aqui o meu apreço a todos os comerciantes, prestadores de serviços, industriais e agricultores da nossa freguesia, alguns aqui presentes, para que não desanimem, o País precisa de todos para que haja riqueza e postos de trabalho.
Por último, a todos aqui presentes, quero tocar-vos no coração, estamos perto do Natal, é do conhecimento de todos que além da pobreza que todos conhecemos, já existe pobreza envergonhada, sendo que a nossa freguesia infelizmente não foge à regra. É um assunto que a todos nos deve dizer respeito, se tivermos conhecimento de algum caso e não tivermos preparados para resolver, temos na freguesia o Movimento de Caridade Cristã, alertem-nos para esses casos, pois não devemos permitir que ninguém passe fome, não só agora mas todo o ano. Se não tivermos nada para dar, sejamos voluntários.
Para finalizar quero a todos aqui presentes, a todas as famílias de Santa Marta, aos nossos imigrantes, aos nossos convidados que vieram de fora, e ao senhor Vereador Luís Nobre, desejar um Santo e Feliz Natal, e que o 2012 nos traga muita saúde, muita amizade, união e paz entre os Homens, pois vai ser disto que vamos precisar porque os Euros vão ser muito escassos.
Um abraço amigo a todos, e espero que tenha sido esclarecedor. Muito obrigado."

domingo, 27 de novembro de 2011

Cultura - Fado declarado Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO

O Comité da UNESCO atribuiu à canção Portuguesa o título de Património Imaterial da Humanidade. Isto é a prova viva de que nem tudo está mau para nós, e é um aviso aos políticos para que vejam a cultura Portuguesa com outros olhos. Orgulho-me de ser Português.
Quero deixar neste blogue o meu apreço ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que em boa hora apresentou esta tão nobre candidatura. E também á RTP, enquanto serviço público, que colaborou com este projecto.
Deixo-vos aqui o vídeo da reportagem.
Cultura - Fado declarado Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO - RTP Noticias

Fica ainda a referência a um grupo de amigos de Viana do Castelo, também alusivo ao Fado:
http://www.facebook.com/groups/192529197462909

Vamos ajudar.

O Santa Marta Digital hoje fez uma visita a alguns supermercados da nossa cidade, o último a ser visitado foi o Pingo Doce, na nossa freguesia.
Constatei que neste ultimo, os voluntários do Banco Alimentar já tinham muitos alimentos nos carrinhos, e realmente foi-me dito que felizmente a adesão foi muito boa.
Até ao fecho das caixas foi dito por responsáveis do Banco Alimentar que foram recolhidos 600 toneladas de alimentos, isto demonstra que apesar da crise que nos afecta a todos, ninguém fica alheio ou indiferente a esta causa.
Devemos-nos sentir orgulhosos por sermos um povo solidário, noto que já há muitos jovens no voluntariado por estas causas.
Lembro também que amanhã, quem não fez as compras hoje, faça uma visita a estes espaços comerciais, e faça parte deste número de voluntários para esta causa, que infelizmente está cada vez mais na actualidade.
Dar hoje para receber amanhã, que Deus nos dê em dobro aquilo que oferecemos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Fado e Poder

Na madrugado de Sábado para domingo vai saber-se directamente da indonésia, o que muitos Portugueses esperam saber, e que tudo leva a crer que o Fado Português vai ser distinguido como património Imaterial da Humanidade. Este projecto foi apresentado em 2010 pela Câmara Municipal de Lisboa.
 Tenho pena que os nossos canais de informação, não prestem muita importância a este momento muito importante para Portugal. Dizia o Carlos do Carmo á dias que o nosso P. da República enquanto Primeiro-ministro, deu mais atenção ao alcatrão, e ao betão que á cultura, dizia ele, eram tempos em que o dinheiro entrava em Portugal de qualquer maneira, em que ficou para traz todo um investimento que deixa o País mais pobre a nível de conhecimento cultural e educacional.
E pelo caminho que vamos sem as pescas sem a agricultura e sem as grandes empresas, porque estes senhores sabem quem foram os responsáveis por tudo isto, dizia eu que um dia destes as estradas também estão vazias sem carros.
Á dias li num jornal cá da terra um Politico cá da terra, descontente com todos os políticos da esquerda á direita, acusando os responsáveis deste País por chegarmos a esta situação.
Só não dá razão a este senhor quem não conhece a realidade do País. Mas também se é responsável, enquanto políticos do tempo em que entrava dinheiro de qualquer maneira e nada fizeram pelo bem comum, por exemplo a nível de idosos de juventude da qualidade de vida das pessoas, enfim, quantas foram as freguesias do País que fizeram isso?
 Muitos destes responsáveis criticam o papel da Igreja, mas sabem que é muitas as vezes esta, que está ao lado dos velhinhos dos jovens, dos movimentos caritativo para apoiar os mais carenciados, e quantas destas não criam espaços de lazer para as freguesias.
No entanto daqui a uns dias vou ler em vários jornais muitos políticos a falarem dos velhinhos dos pobres da família, palavras muito bonitas mas são muito falsas, estes políticos não se preocupam nada com os velhinhos, pobres nem desempregados, estão de mal com este governo porque lhes tiraram uma parte dos subsídios.
Entendo que o corte deveria ser para os políticos ainda mais duro, foram eles que puseram o nosso País nesta situação, não foram os desempregados que ficaram sem emprego porque muitos senhores do capital os abandonaram, não foram os assalariados de 485 € nem os pequenos e médios empresários que fazem das tripas coração para cumprirem com as suas obrigações.
Deixo, não sei se é um lamento uma observação ou uma pergunta que pode ficar no ar. Se o meu pequeno negócio entrar em banca rota, o governo, o estado ou seja o contribuinte tem culpa? Ex a minha duvida, a dívida da banca que culpa tenho eu ou você?

domingo, 20 de novembro de 2011

FALECEU

José Martins Meixedo Pereira com 80 anos de idade natural de Santa Marta de Portuzelo, residente na Cidade da Maia. O seu funeral realizou-se este sábado dia 19/11/2011 pelas 15:00 horas, saindo da capela de São Lázaro onde o seu corpo se encontra depositado, para a Igreja paroquial com missa de corpo presente, de seguida em direcção á sua última morada, para o Cemitério da Freguesia.
O "santa Marta Digital" deseja nesta hora de dor e luto os mais sinceros sentimentos a toda a sua família.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Faleceu Manuel Dantas Faria

Manuel Dantas Farias com 83 anos de idade natural de Santa Marta de Portuzelo, residente na rua de Samonde na freguesia de Santa Marta de Portuzelo nº 73. O seu funeral realiza-se esta quinta feira dia 17/11/2011 pelas 10:00 horas, saindo da capela de São Lázaro onde o seu corpo se encontra depositado, para a Igreja paroquial com missa de corpo presente, de seguida em direcção á sua última morada, para o Cemitério da Freguesia.
O "santa Marta Digital" deseja nesta hora de dor e luto os mais sinceros sentimentos a toda a sua família.

Funerais em Santa Marta de Portuzelo

O Santa Marta Digital na impossibilidade de estar presente, quer deixar neste espaço os funerais realizados em Santa Marta de Portuzelo.

Padre Manuel Moreira Gonçalves de Carvalho com 89 anos de idade natural de Santa Marta de Portuzelo. O seu funeral realizou-se no dia 10/11/2011 pelas 15horas saindo da capela da casa Sacerdotal em Darque, para a igreja paroquial de Santa Marta de Portuzelo, com missa de corpo presente, e dali para o cemitério da freguesa.
Richard Lees Oliver com 70 anos morador na rua das Rosas, Nº 3 Santa Marta de Portuzelo, o seu funeral realizou-se no passado dia 15/11/2011, pelas 15 H saindo da capela de são Lázaro, para a Igreja Paroquial, com missa de corpo presente, seguindo a sepultar no Cemitério de Santa Marta de Portuzelo.
Conceição Martins Fernandes, com 85 anos moradora na rua da linha vale do lima, nº 27 Santa marta de Portuzelo, o seu funeral realizou-se no passado dia 15 pelas 16:30 H, saindo da capela de repouso de São Lázaro, para a Igreja Paroquial com missa de corpo presente, seguindo a sepultar no cemitério de Santa Marta de Portuzelo.  

Santa Marta ficou mais pobre

Faleceu Manuel João Gomes da Cunha, com 83 anos de idade e natural de Santa Marta de Portuzelo. O seu funeral realizou-se no passado dia 9/11/2011 pelas 16:00 horas, saindo da capela de São Lazaro, onde o seu corpo se encontrava depositado, para a Igreja paroquial com missa de corpo presente, seguindo depois em direcção á sua última morada, no cemitério da freguesia.
O Santa marta Digital na impossibilidade de estar presente no seu funeral, deixa neste espaço uma entrevista feita ao Jornal “A Aurora do Lima”, em forma de homenagem. Para toda a sua família os nossos sinceros sentimentos.  


domingo, 6 de novembro de 2011

Steve Jobs: ligar os pontos

É estranho dizer-se de um homem que morre aos 56 anos que tenha tido três vidas. Mas é isso que apetece dizer quando se escuta o inspirador discurso que Steve Jobs fez em 2005, na entrega de diplomas da universidade de Stanford, e que hoje podemos perceber claramente como uma espécie de testamento. Jobs conta, então, três histórias, que correspondem a momentos-chave do seu percurso. A primeira descreve os seus difíceis começos e ele chama-lhe “ligar os pontos”. O arranque da vida não podia ser mais áspero. Entregue para a adoção assim que nasceu, uma adolescência hesitante, a entrada numa universidade que os pais não conseguiam pagar nem ele verdadeiramente suportava, a dureza de uma juventude feita de biscates, meio à deriva… Mas no meio disso, a aprendizagem pessoal do valor das coisas, a busca exigente daquilo que realmente gostava e aceitar pagar o preço, em dedicação e esforço. Ele conta, por exemplo, que escolheu frequentar minuciosamente um bizarro curso de caligrafia. Só dez anos mais tarde, quando inventou o revolucionário Macintosh, percebeu que esse conhecimento viria a ter uma aplicação preciosa. Como diz Steve Jobs, precisamos confiar que os pontos dispersos do nosso percurso se vão ligar e receber daí confiança para seguir um caminho diferente do previsto.
A segunda história é sobre o amor e a perda. Ele inventou com um amigo, na garagem da sua casa, um negócio que, em apenas uma década, passou a mover 2 biliões de dólares e 4000 empregados. E, precisamente, quando julgava ter alcançado o auge despedem-no. Impressionante é o modo como integra este golpe, depois de um primeiro atordoamento: «Decidi começar de novo. E isso deu-me liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida». A verdade é que ele se reinventa e volta à liderança da empresa da qual havia sido dispensado.
A terceira história é acerca da doença e da morte. E numa cultura que se recusa a encarar qualquer uma delas, Steve Jobs deixa um testemunho exemplar de sabedoria e humanidade: «A morte é muito provavelmente a melhor invenção da Vida…O nosso tempo é limitado então não o desperdicemos… Tenhamos a coragem de seguir o nosso coração». Por isso, a sua morte recente não nos obriga apenas a lembrar a revolução tecnológica que ele aproximou dos nossos quotidianos. Ela obriga-nos a arriscar “ligar os pontos” dentro de nós.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia da Poupança

Porque todos os dias deveriam ser dias de poupança, o Santa Marta Digital aliou-se a esta causa e apresenta um sítio onde se pode aprender muitas e variadas formas de poupar algumas dezenas de euros, não só em casa, mas também nas compras, férias, viagens e até no tarifário do telemóvel.

https://descobrir.deco.proteste.pt/default.aspx

domingo, 30 de outubro de 2011

FALECEU

Filipe Felgueiras São Gil com 71 anos de idade natural de Santa Marta de Portuzelo, residente na rua da Bela Vista nº 5. O seu funeral realiza-se este Domingo dia 30/10/2011 pelas 16,30 horas, saindo da capela de São Lázaro onde o seu corpo se encontra depositado, para a Igreja paroquial com missa de corpo presente, de seguida em direcção á sua última morada, para o Cemitério da Freguesia.
O "santa Marta Digital" deseja nesta hora de dor e luto os mais sinceros sentimentos a toda a sua família.

domingo, 23 de outubro de 2011

Santamartenses Ilustres (contributo de Álvaro Sales)

É com enorme prazer que o Santa Marta Digital vem partilhar com todos os Santamartenses uma recolha de informação, levada a cabo pelo nosso conterrâneo, Álvaro Sales Gomes, mas ainda pouco divulgada.

Aproveitamos ainda para agradecer a Álvaro Sales, a amabilidade com que nos autorizou a publicação desta informação, disponivel no seu site e que pode ser visitada clicando aqui.

Deixamos ainda neste artigo uma homenagem ao saudoso Álvaro Sales, criador da Vela Votiva de Santa Marta, acedendo a um pedido do também saudoso Dr. Sousa Gomes.


Afim de dar a conhecer e lembrar quem por nós muito fez
valorizando a nossa Terra e enriquecendo a nossa vida.

Ventura José Costa natural de Santa Maria de Carvoeiro emigrante no Brasil comprou a quinta da Vinha melhorou todo o espaço e chamou-lhe quinta da Vista Alegre.
Dinamizador da reconstrução da Igreja Paroquial e passados dois anos ajudou a construir a torre e nela colocou um pequeno tesouro em moedas de ouro, prata e cobre
 Ofereceu o relógio para a torre.
Foi juiz da festa da Senhora do Livramento.
Faleceu no dia 24 de Dezembro de 1898.
Grande benfeitor de Santa Marta


Ana Florentina Maciel Costa natural de Santa Maria de Carvoeiro, casada com Ventura José Costa foi uma das benfeitoras da paróquia  e após a morte do seu marido foi juíza da festa da Senhora do Livramento.
Faleceu a 4 de Abril de 1927



Manuel Parente da Costa Lima natural de Santa Marta de Portuzelo, foi o desenhador, fiscal e grande benemérito da igreja de Santa Marta.










José Parente da Costa Lima natural de Santa Marta de Portuzelo,  grande benemérito da paroquia   santamartense.











Comendador J. M. B. Camacho senhor da quinta das Lágrimas e principal impulsor das obras da igreja.










Comendador António Parente Ribeiro e   sua esposa D. Elvira Parente Ribeiro, benfeitores da freguesia e construtor da Avenida com o mesmo nome







José de Brito, nasceu em Santa Marta em 18 de Fevereiro de 1855 e faleceu em 1948.
 Em 1873, vai estudar na Academia Portuense de Belas Artes onde tem por professores Tadeu de Almeida Furtado,
João Correia e Soares dos Reis.
Em 1885, obtém uma bolsa régia, concedida por D. Fernando II por influência do ilustre homem de letras Ramalho Ortigão e do Barão Kessler secretário de D. Fernando, que lhe permite partir para Paris, para estudar na Academia
Julien, com Boulenger,Lefébre, Laurens e Benjamim Constant.
Expôs durante nove anos e vendeu várias obras e foi muito bem recebido pela critica.
Em 1896 regressa a Portugal onde inicia a sua actividade de docente na academia Portuguesa de Belas Artes
Entre as suas obras estão; " O Baptismo de Cristo" para a Igreja da Trindade," Retrato de Júlio António de Amorim"
para o Hospital de São Marcos em Braga, pintura do tecto do Teatro Nacional S. João," A Vaga" " Mártir do Fanatismo" no Museu Nacional de Arte Contemporânea entre outras. 

João Gonçalves da Silva Sordo de Barros, nasceu em 18 de Dezembro de 1862  em Santa Marta e notabilizou-se na freguesia pelos serviços prestados como presidente da junta e empresário.
Como presidente da junta electrificou a freguesia, (1918) ofereceu o terreno para a construção da escola do 1.º Ciclo da Fonte Grossa assim como o terreno para a construção da avenida e colaborou em todas as iniciativas da terra.
Como empresário criou a empresa de camionagem, a serração e a moagem onde empregava grande parte dos santamartenses.
Faleceu em 26 de Setembro de 1943.

Padre José Joaquim Soares Borlido, nasceu em Santa Marta e foi pároco da paróquia de Outubro de 1905 a Dezembro de 1929 onde ficou conhecido por Reitor da Breia.
Fidalgo e cavaleiro da Casa Real.






Padre António Joaquim Gonçalves da Torres, natural de Santa Marta fundou a corporativa agrícola de Santa Marta e o clube de futebol  Os Pernicas.
Foi pároco de Santa Marta entre Junho de 1937 e Setembro do mesmo ano.







Padre Agostinho José Luís de Brito, nasceu na freguesia de Bela do concelho de Monção, no dia 31 de Março de 1904 foi ordenado Sacerdote por Dom Manuel Vieira de Matos no dia 29 de Junho de 1929 na igreja de Santa Maria Maior de Viana do Castelo.
Foi pároco de Moreira - Braga em 1929, em Pias - Monção em 1932, Santa Cristina de Padreiro e Távora- Arcos de Valdevez em 1933 de Rubiães, Águalonga - Paredes de Coura e Infesta. Em 1937 foi nomeado pároco de Santa Marta onde esteve até 1976 aquando da sua resignação por motivos de idade e saúde.
Foi presidente da junta e durante o seu mandato comprou a casa nas Petigueiras para residência paroquial com a ajuda de um grupo de santamartenses generosos.
Foi assistente e dinamizador da telescola instalada na casa do Adro com vários alunos.
Acompanhou o grupo Folclórico a Helsínquia nos Jogos Olímpicos de 1955.
Fundador do jornal   Betãnia do Lima     (jornal da paróquia)
Faleceu no dia 1 de Outubro de 1989 na freguesia de Bela - Monção.
Emudeceu a sua voz, ficou o seu exemplo.

Dr. António Eduardo Sousa Gomes era portuense de naturalidade, mas revelou-se, desde os 22 anos, um Vianense de adopção e eleição, tantos e tão notáveis foram os serviços prestados ao concelho, especialmente a Santa Marta de Portuzelo e à cidade, como principal paladino e promotor dos valores etno-folclóricos destas comunidades.
Bem sabemos que foi um competente e dedicado médico e que, enquanto tal, criou em cada Santamartense um amigo, admirador e confidente, mas foi sobretudo como folclorista que ele fez jus ao mais justificado preito de homenagem e a uma merecida e sentida evocação.
Todos sabemos que o folclore Vianense não foi descoberto por ele, mas sabemos, também, que ele o fez extravasar com grande impacto as fronteiras do concelho e do País e lhe deu tão grande visibilidade e sedução que, a partir das suas iniciativas e por virtude delas, Viana do Castelo passou definitivamente a chamar-se e a ser realmente a Capital do Folclore Português.
Teve antecessores notáveis, quer em grupos folclóricos, quer em investigadores, quer em autores de recolha das tradições etnográficas do concelho, já homenageados e consagrados publicamente. Mas foi ele que fez explodir essas potencialidades, as tornou visíveis no País e no estrangeiro, suscitando em Portugal uma onda de entusiasmo pelos valores etnográficos que originou a criação de numerosos agrupamentos e fez do movimento etnográfico e folclórico o mais expressivo cartaz da cultura popular portuguesa.
Chegando a Santa Marta, ainda jovem médico com 22 anos arguto observador de usos e costumes, imediatamente se entusiasmou e apaixonou pelo variado, opulento e característico património etnográfico da boa gente de Santa Marta de Portuzelo.
Entusiasmou-se com os trajes, vivos, fantasiosos, ricos em qualidade de materiais e em arte; apaixonou-se pelos ouros tradicionais, variados em formas e com simbolismos portadores de esclarecimentos e mensagens relativas à concepção de vida e ao estatuto social de quem os usava; registou com admiração toda a variada e sugestiva panóplia de utensilagem usada pelos Santamartenses na labuta de cada dia e, especialmente, nas lides domésticas e da agricultura.
Após essa observação, imaginou uma forma de recolher, perpetuar e exibir esses valores da identidade Santamartense e de fazer deles um factor de promoção de Santa Marta de Portuzelo e do concelho e motor do seu desenvolvimento cultural e económico.
Assim, o impacto destas descobertas foi tão grande, que imediatamente concluiu ser a criação de um grupo folclórico um dos meios mais eficazes de atingir aqueles objectivos.
Desta conclusão nasceu, em 28 de Maio de 1940, o Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo.
A adesão ao grupo foi entusiástica, o critério e o rigor posto pelo Dr. Sousa Gomes na escolha dos elementos, na fidelidade aos trajes, no valor das melodias tradicionais, na exactidão das danças, garantiram ao grupo um sucesso imediato.
Alguns dos seus cantares ganharam imensa popularidade e, através da rádio que os passava continuamente, e das instalações sonoras das festas e romarias, levaram a fama do grupo a todo o Portugal.
Os pedidos de apresentação nas mais diversas solenidades e lugares sucediam-se e o renome do agrupamento mereceu-lhe ser escolhido para acompanhar a representação Portuguesa aos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952, onde, pela sua exibição, entre 35 grupos participantes, foi um dos que mereceu ver a bandeira Nacional subir no mastro de honra.
Seria fastidioso e quase impossível fazer a enumeração de todos os lugares e nações onde o grupo se exibiu, durante a direcção do Dr. Sousa Gomes, por serem muitos e por não haver um registo completo de todas as deslocações realizadas.
Pode, no entanto, dizer-se que o Dr. Sousa Gomes levou o seu agrupamento a quase todos os países europeus, e alguns deles repetidas vezes, sendo dignas de realce, além da já citada representação nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, uma prolongada visita ao Brasil (1959), que o tornou o primeiro grupo do género a actuar no país irmão e uma apresentação perante a Rainha de Inglaterra, em 1957.
A sua actividade como folclorista alcançou visibilidade internacional tendo recebido uma condecoração (grau de cavaleiro) do Ministério da Educação de França por serviços prestados à cultura daquele país.
O nosso lustre cidadão foi também um dos grandes impulsionadores da Romaria de Santa Marta de Portuzelo que ganhou dimensão internacional com a inclusão dos festivais internacionais de folclore, ( 1º festival em 1956) famosos pela novidade e valor dos grupos participantes portugueses e estrangeiros.
Por este motivo, e enquanto os festivais do género não se banalizaram por todo o País, a Romaria de Santa Marta ganhou relevo nacional, atraindo à nossa airosa freguesia numerosos forasteiros e conseguindo grande impacto mediático nos meios de comunicação social.
Também as festas de Nossa Senhora d’Agonia tiveram sempre a incondicional colaboração, mormente o cortejo etnográfico, onde os carros representativos da freguesia, foram sempre dos mais atractivos do certame.
No âmbito das Festas d’Agonia, era na Festa do Traje que o Dr. Sousa Gomes punha o maior empenho para que o seu grupo mostrasse todas as potencialidades, mormente na apresentação dos ricos e variados trajes de Santa Marta de Portuzelo. A passagem da juventude Santamartense pelo palco era um dos momentos altos da Festa do Traje.
O Grande folclorista também nunca negou a colaboração do seu grupo às entidades oficiais e outras forças vivas da cidade, aquando da realização de actos festivos, comemorativos, inaugurais ou a recepção de visitantes ilustres, cerimónias às quais o folclore de Santa Marta conferia brilho especial, encantando os espectadores.
A partir destas apresentações e em virtude do impulso dado pelos êxitos à promoção, estudo e rigorosa purificação do traje Vianês, este passou a ser um dos principais ex-libris de Viana do Castelo, tornando-se um dos maiores orgulhos dos Vianenses que faziam e ainda fazem gala de o apresentar às visitas ilustres como o património mais característicos e identificador do nosso concelho.
O Dr. António Eduardo Sousa Gomes nasceu no Porto, na freguesia de Paranhos, em 6 de Dezembro de 1917. Feitos os estudos primários e secundários na cidade natal, cursou Medicina em Coimbra, onde se licenciou.
Em 1939, apenas com 22 anos, já estava em Santa Marta de Portuzelo  para exercer Medicina, tendo conquistado, ao longo dos anos, a amizade, a admiração e o respeito de todos os Santamartense como médico e como cidadão activo e colaborante na promoção do progresso e interesses da freguesia.
Por isso, o seu voluntário afastamento do grupo que fundou e catapultou para a fama, foi muito sentido, e tanto que o agrupamento teve uns tempos de hesitação e letargia, felizmente ultrapassados com a assunção do comando pelo Sr. Abílio Costa.
Mais sentida ainda, foi a sua morte inesperada, ocorrida em 29 de Junho de 1983, e, por isso, o seu funeral – segundo a imprensa da época – "foi dos mais concorridos de que há memória", tendo a presença de todas as autoridades locais e regionais e a apresentação de numerosos grupos folclóricos.
Pelo seu extraordinário dinamismo em favor do folclore de Viana do Castelo de que era um esclarecido especialista, pela inestimável promoção, em Portugal e no mundo, da cultura popular Vianense, pelos inegáveis serviços prestados à freguesia, à cidade e ao concelho, a Câmara Municipal, atribuiu-lhe, a título póstumo, o galardão de "Cidadão de Mérito".

Conceição Canita e Isidro Palmeira naturais de Santa Marta e elementos do Grupo Folclórico onde se notabilizaram como bailadores do VIRA de Santa Marta.
Diz Pedro Homem de Melo no seu livro "Folclore":

"Dir-se-ia que, posto em liberdade, o corpo do bailador de
Santa Marta como se esfarrapa e se descose à mercê do vento"


ABÍLIO DA ASSUNÇÃO OLIVEIRA E COSTA nasceu no lugar de Santa Martinha, Santa Marta de Portuzelo, a 25 de Julho de 1929, tendo recebido as águas lustrais do baptismo na igreja paroquial da respectiva freguesia a 28 de Agosto seguinte pelo Rev. Pároco José Joaquim Soares Borlido. A nível da sua freguesia, exerceu as funções de Secretário da Junta de Freguesia em 1965 e de 1968 a 1971; a de Presidente da Junta, desde 1971 a 1974.
RESPONSABILIDADE NO GRUPO FOLCLÓRICO
1972 – Assume a responsabilidade de Director do Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo. A efeméride ocorre após interregno de dois anos, vazio causado pela despedida do Dr. Sousa Gomes, Fundador e primeiro Director do Grupo. Objectivo fundamental a cumprir: dignificar bem como preservar o nome e o prestígio desta colectividade artística. Segue-se uma outra importantíssima tarefa: Levar muito longe e com todo o respeito o nome de sua terra. Consegue ver alcançados os dois objectivos que então enunciara. No mesmo ano de 1972 é colocado na vice-presidência da Comissão de Festas, notabilizando a Romaria e o Festival Internacional de Folclore que, nesse ano, já ia na 16ª edição. Com Abílio Costa na vice-presidência da Comissão de Festas e a colaboração dedicada dos santamartenses, teve a Romaria desusado brilho, em 1976, quando a nossa melhor intérprete da canção, AMÁLIA RODRIGUES, aqui chegara para cantar e fazer as honras do Festival.

1977 a 1996 – Tesoureiro - Adjunto da Direcção da Federação do Folclore Português.

1972 a 1989 – Colaboração amiga da Direcção da Casa do Povo de Santa Marta de Portuzelo na cedência do Salão para os ensaios, gesto que muito nos apraz registar, saudar com amizade e gratidão.

1980 a 1990 – Candidata-se o Grupo ao P.I.D.A.C. com vista à construção da Sede, candidatura que não merecera das entidades de então o devido apreço. Mas nada perdido. Aproveitando as comemorações do 50º aniversário do Grupo Folclórico, este Homem, que não é de olhar para trás, meteu mãos à obra da construção da Sede. Contou para tanto com as seguintes colaborações: Câmara Municipal de Viana do Castelo, Freguesia de Santa Marta (através de dois peditórios da Freguesia, de Cantares das Janeiras e Peditório de S. Miguel), dos Amigos do Grupo, dos amigos pessoais de Abílio Costa. Quem lhe deu a mão e o apoiou em tão grande empreendimento, de elevados custos.

1990 – Comemoração do 50º aniversário e da inauguração da Sede. De salientar que, nas referidas comemorações e com o empenho da Comissão Organizadora se realiza o 1º Festival Nacional de Folclore do Alto Minho. O álbum conta inúmeras personalidades ligadas ao Folclore e a presença de Grupos mais prestigiados de cada Região do Pais e de um Grupo da Ilha da Madeira. Essa Comissão, na qual se integrava Abílio Costa, merece os melhores elogios pela sua competência, desvelado interesse e carinho posto na realização deste certame inesquecível.

Com Sede própria e pelas mãos do seu Director, o Grupo cria e organiza o seu Museu de Troféus, Traje, Utensílios Agrícolas, alguns deles cedidos por amigos do Grupo.

Em 2002 participa na animação do Campeonato Mundial de Futebol na Coreia.

ANA  de OLIVEIRA BARROS  em 25 de Abril de 1981, uma menina de oito anos, vencia categoricamente uma prova de ciclismo em compita com adversários do sexo masculino.
Aos aplausos da assistência, sucedeu a estupefacção, quando todos tomaram consciência de que o "sprint" triunfante tinha proeza de uma menina, muito menina, que deixara para trás os competidores do chamado sexo forte.
Ainda não havia ciclismo feminino oficializado em Portugal, por isso as jovens que desejavam competir tinham de fazê-lo com os rapazes que, apesar de ainda imberbes, já sabiam "olhar de cima da burra" para as competidoras e dirigir-lhes o piropo do machismo nacional: "Ó miúda, olha que isto é para gente de barba rija!".
Mas foi essa a primeira vez que, na historia do ciclismo nacional, todos os pedaladores de "barba rija" foram superados por uma menina que respondia aos aplausos erguendo timidamente os bracinhos, como que envergonhada por ter pregado tamanha partida ao pretensioso orgulho masculino.
Aquela menina, embora antes não tivesse ainda vencido nenhuma prova, já por outras vezes tinha deixado para trás muitos rapazitos da sua idade, dando claros indícios de que, mais tarde ou mais cedo, os deixaria a todos a vê-la pelas costas. E isso aconteceu nessa corrida 25 de Abril de 1981, quando, com os seus oitos anos, franzino mas determinados, e com a sua primeira e categórica vitória, proclamou que nascera uma estrela de primeira grandeza no horizonte do ciclismo feminino nacional.
Nascia uma estrela, mas a história ensinaria que foi mais um meteorito que, durante 18 anos, riscou o céu com fulgor inusitado e, de repente, quando o brilho era intenso, desapareceu nos meandros e golfões da vida sem deixar rasto nem sucessora à altura no evoluir do ciclismo feminino nacional.
Poderia assim resumir-se a história da ciclista vianense Ana Barros? Não. A História da ciclista santamartense não podia resumir-se assim, porque entre o nascimento da estrela e o voluntário, inesperado e definitivo eclipse, houve um longo rosário de êxitos, de venturas e desventuras, de manifestações de pundonor, estoicismo, valentia, companheirismo, nobreza de carácter e de outros atributos que elevaram muito alto a sua condição de ciclista, de mulher e de vianenses.
Foram essas qualidades humanas, os seus inéditos feitos desportivos, a grande promoção que, da sua e nossa terra, ela fez ,em Portugal e no estrangeiro, especialmente em campeonatos da Europa, do Mundo e em jogos Olímpicos e noutras provas de grande nível internacional, que levaram a Câmara Municipal de Viana do Castelo a distingui-la com o título de "Cidadã de Mérito".
Ana de Oliveira Barros nasceu em Santa Marta de Portuzelo, em 5 de Fevereiro de 1973, filha de Eduardo Churchill de Amorim Barros e Ana Maria de Oliveira Barros.
Sendo o pai um apaixonado pelas bicicletas, muito cedo a Anita aprendeu a equilibrar-se sobras as duas rodas e, aos seis anos, já era praticante destacada como atleta do Grupo Desportivo do Centro Paroquial de Santa Marta de Portuzelo, o seu único clube do princípio ao fim da carreira.
Depois desta vitória, a equipa de Ana cresce com a adesão de Georgete Fernandes e Carla Pereira, começando a surgir convites do estrangeiro para competir em provas do calendário internacional, participação que Ana Barros iniciou brilhantemente vencendo, ainda como júnior, o contra-relógio da Volta ao Alto Aragão, classificando-se em 3ª lugar na geral da mesma categoria.
Em 1992, depois de brilharetes no Grande Prémio Tensai, na clássica 9 Julho em S. Paulo, na Volta Internacional de Palma de Maiorca, Ana Barros foi visitada pelo infortúnio, talvez o mais amargo da sua carreira.
Foi o caso que, tendo sido seleccionada para representar o ciclismo português nos Jogos Olímpicos de Barcelona, quando, já na cidade Condal, fazia um treino de reconhecimento do percurso em que ia competir, foi atropelada, sofrendo ferimentos que a impediram de se tornar efectivamente atleta olímpica, como tanto tinha sonhado e ambicionava. No clímax da juventude (tinha 19 anos) e no auge da forma, aquela era uma prova que justificava as suas melhores esperanças e qual se sacrificara a ponto de ter interrompido, naquele ano, os estudos superiores que prosseguia. Foi um duro golpe que Ana suportou com ânimo de campeã, sustendo pela esperança que a sua juventude lhe permitia alimentar de que surgiriam outras oportunidades de competir entre o escol dos atletas mundiais.
O ano 1993, foi de boas classificações, tanto a nível nacional com internacional. Na Rússia venceu duas etapas de uma prova em Rostov e, em Portugal, competindo no Grande Prémio Tensai com a fina flor do ciclismo feminino europeu, saiu de camisola amarela e terminou numa honrosa 5ª posição.
Em Atlanta, realizou o sonho olímpico que a desventura adiaria em Barcelona, obtendo um honroso 23º lugar com o mesmo tempo da 4ª classificada e apenas 53 segundos da vencedora.
No entanto, a nível nacional, nenhum título de estrada lhe escapava, sagrando-se crónica campeã nacional de estrada seis vezes seguidas entre 1991 e 1996, ano que abandonou a carreira ciclista. Também arrebatou alguns títulos de pista e velocidade.
Ana Barros, apesar da intensa actividade desportiva e de ter estatuto de atleta de alta competição, nunca descurou os estudos, tendo, ao terminar a carreira ciclista, completando o Curso de Gestão, na respectiva Escola Superior do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.